A falta de chuva e altas temperaturas nas principais regiões produtoras de milho safrinha no Paraná têm preocupado os produtores. E a previsão do tempo não é das melhores. Segundo meteorologistas, precipitações em volumes satisfatórios só na próxima semana.
Na região Norte do Paraná, uma das mais afetadas pela estiagem, não cai água há 20 dias. Por lá, segundo alguns produtores, já é possível notar perdas na lavoura. “O solo está rachando. Já perdi parte da lavoura, principalmente as plantas que plantei há mais tempo, no começo de março. Por aqui, todo mundo está perdendo”, conta o produtor Antonio de Souza, de Maringá, que plantou 271 hectares de milho safrinha neste ano.
No Oeste do estado, outra região bastante quente e que produz bastante cereal, a situação é mais confortável. “A estiagem não está tão severa, ainda há bastante umidade no solo, o que garante sobrevida para planta. O que preocupa é o futuro, quanto mais tempo fica sem chover, maior a chance de haver perdas”, afirma o produtor de Cascavel, Renato Archile Martini, que plantou 220 hectares.
De acordo com o meteorologista Luiz Renato Lazinski, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), consequência do El Niño, um veranico prolongado está provocando um bloqueio atmosférico nas principais regiões produtoras do Paraná. “Algumas áreas, principalmente no Norte, não recebem chuva há mais de 20 dias. Além da falta de água, as temperaturas estão extremamente altas, inclusive durante a noite. Não é comum ter um abril tão seco e quente”, explica Lazinski.
Com 31% do milho safrinha em desenvolvimento vegetativo, 36% em floração e 32% em frutificação, a falta de chuva pode ter impacto sobre a produtividade das lavouras, especialmente do cereal que está em fase de polinização e enchimento de grãos. “As plantas em estágios mais avançados vão sofrer e teremos quebra de produtividade”, afirma.
O plantio da segunda safra de milho do Paraná foi finalizado na última semana. Dados do Departamento de Economia Rural (Deral), do governo do Estado, projetam uma área de 2,15 milhões de hectares,12% superior à safra anterior, e uma produção de 12,64 milhões de toneladas, 9% a mais do que no ano passado.
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