A reclamação da indústria, de que o setor produtivo está segurando milho para forçar alta nos preços, se confirma nos números dos órgãos que monitoram a comercialização. No Paraná, as vendas estão 3 pontos atrasadas em relação ao ano passado. Em Mato Grosso, a diferença é de 10 pontos.

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Por outro lado, os relatórios da última semana indicam que a estratégia não está relacionada apenas ao cereal. Na soja, o atraso é de 3 e de 6 pontos porcentuais nos dois estados, respectivamente, apesar de a commodity atravessar fase de cotações consideradas boas pelos produtores.

Conforme o Departamento de Economia Rural (Deral) do Paraná, a soja foi 50% vendida e o milho de verão apenas 27% no estado. A segunda safra paranaense do cereal está entre 2% e 5% vendida. Em Mato Grosso, as vendas do milho (inverno) estão entre 5% e 10% e as da soja, em 70%, informa o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea).

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A indústria não quer pagar preços “fora da realidade”, disse o vice-presidente de Aves da recém-criada Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin. O produtores ainda têm fôlego, disse o agricultor Everton Cambruzzi, de Santa Catarina.

Estoque

50% da soja paranaense e 30% da mato-grossense ainda não foram vendidos. O setor espera cotações acima de R$ 65 por saca.