O reajuste que o governo federal anunciou há dois meses no preço mínimo do milho desagradou ao setor produtivo. Os agricultores do Paraná cobram desde o início de julho correção baseada nos custos calculados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o que elevaria o mínimo de R$ 17,67 para R$ 21,73 no estado. Agora são os produtores de Mato Grosso que se levantam pedindo revisão nas tabelas ao Ministério da Agricultura. Para Mato Grosso, o preço mínimo da saca de 60 quilos de milho é menor: R$ 13,52 (já considerando o último reajuste). “Teremos que investir R$ 16,39 por saca para produzir milho na próxima safra”, compara Carlos Favaro, presidente da Associação de Produtores de Milho e Soja de Mato Grosso (Aprosoja). Se o mercado continuar observando excesso de oferta, fatalmente haverá prejuízo para o produtor, avalia. A Aprosoja também usa o custo calculado pela Conab para comprovar o déficit nos preços mínimos. Em Primavera do Leste, cada saca estaria exigindo gasto de R$ 18,83. A tabela da Conab considera custo maior e produtividade menor para o município, na comparação com Goiás e Mato Grosso do Sul. O Ministério da Agricultura ainda não avaliou a questão.

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Entre R$ 3 e R$ 4 de prejuízo por saca de milho serão arcados pelos produtores se forem mantidos os preços mínimos atuais, conforme Mato Grosso e Paraná.