As 898 mil toneladas de milho negociadas em leilão da Conab na semana passada agora parecem pouco. O leilão de ontem chegou a 1,64 milhão de toneladas ou a 93,63% do volume ofertado. Os prêmios pagos aos negociantes — para garantia de preço mínimo aos produtores, num momento em que o mercado oferece menos que os custos — somaram R$ 65,3 milhões.
Com a liberação de R$ 95 milhões (incluindo o leilão da semana passada), devem ser retirados do mercado de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Bahia, Piauí e Maranhão 2,54 milhões de toneladas do cereal. O volume é suficiente para encher 42 navios.
Mato Grosso é o principal beneficiado. Deve escoar 88% do volume que receberá prêmio equalizador (Pepro), ou 2,24 milhões de toneladas. Porém, mesmo com a pressão da oferta da safra de inverno aliviada, o mercado local não mostra reação. A saca de 60 quilos estava cotada ontem a R$ 10 em Sorriso, ante R$ 11,40 da quinta-feira anterior. Em Canarana, o preço subiu de R$ 12 para R$ 12,75, mas segue abaixo do mínimo (R$ 13,56). No Paraná, a cotação média oscila entre R$ 18,50 e R$ 19/sc, pouco acima do mínimo local (R$ 17,67).
Alvo central
88% do total de 2,54 milhões de toneladas de milho que estão sendo escoados com prêmio da Conab são de Mato Grosso. Os números referem-se aos dois primeiros leilões desta safra de inverno.