A colheita da safra de inverno em Mato Grosso foi finalizada esta semana, e com produtividade média revisada para cima. O Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) elevou em 3,2 milhões de toneladas sua estimativa de produção do cereal para o estado. A projeção atual aponta para colheita de 21,9 milhões de toneladas, contra 18,7 milhões de t. calculadas até o relatório da semana passada. O volume é histórico para o estado, que começou a cultivar a segunda safra do grão oito anos depois que o Paraná, em 1991.
O aumento no número final de colheita é resultado de um incremento nos rendimentos das lavouras de Mato Grosso, que fecharam com média de 102 sacas por hectare (6,120 mil quilos por hectare). O índice está 1 saca por hectare abaixo do registrado na temporada passada, quando o estado já havia batido recorde na produção do cereal no inverno.
Até o ciclo 2004/05, a produção paranaense de milho segunda safra era a maior do país. Depois disso, os produtores do Centro-Oeste assumiram a liderança. Hoje a diferença de produção entre os dois estados – os maiores produtores de milho do Brasil – é de 10,72 milhões de toneladas. O Paraná deve retirar dos campos neste inverno 11,18 milhões de toneladas do produto, conforme levantamento de campo da Expedição Milho Brasil.
Juntos, Paraná e Mato Grosso respondem por mais de 70% da oferta total do grão no país, calculada em cerca de 45 milhões de toneladas.