Campo Mourão (PR) - A expansão da soja reduz o milho de verão pela primeira vez a menos de 6 milhões de hectares no país. As estimativas privadas preveem plantio 5% menor, limitado a 5,8 milhões de ha. O setor reclama dos custos e dos riscos do cereal.
Os irmãos Vicente e João Mignoso, de Campo Mourão (Centro-Oeste), estão plantando só 20 hectares de milho – 18% da área de 2014. Eles dizem que teriam de colher 8,7 mil quilos por hectare para pagar custos. A previsão de lucro de 20% é considerada muito arriscada. No milho de inverno, com custos menores, alcançam índice de 100%.
Não interrompem totalmente o plantio no verão para não abandonar a rotação de culturas, que no longo prazo favorece a soja. A oleaginosa avança 35%, de 435 para 580 hectares, e já teve 10% da colheita negociados a R$ 65 por saca.
O agricultor Geraldo Antunes vai deixar o milho de lado para se dedicar somente à soja. “Além do preço do milho estar sempre em queda, o custo é muito alto, não vale a pena.” Ele vai plantar 44 hectares com a oleaginosa. A região de Campo Mourão está ampliando a soja de 629 mil para 640 mil hectares, aponta o Departamento de Economia Rural (Deral).
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