A portaria para leilões de milho saiu hoje no Diário Oficial da União e prevê até R$ 500 milhões para operações do Programa Equalizador Pago ao Produtor (Pepro) -- R$ 50 milhões a mais do que o ministro da Agricultura, Neri Geller, confirmou na véspera. E o mercado registra elevação de preços em zonas produtoras.
Geller disse que, dos R$ 500 milhões para garantia de preços mínimos de milho, R$ 450 seriam usados em operações do Pepro. O governo não é obrigado a usar o volume total de recursos registrado na Portaria Interministerial 798. O documento garante subvenção para escoamento de 7 milhões de toneladas do cereal.
O valor máximo -- R$ 500 milhões -- é 37,5% menor que o reivindicado -- R$ 800 milhões -- pelo agronegócio. Mesmo assim, Mato Grosso -- o estado que mais tem a perder com preços de mercado abaixo dos preços mínimos -- mostrou-se satisfeito.
A Portaria 798 atende à solicitação das entidades do agronegócio, avalia o gerente da Comissão de Política Agrícola da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Frederico Azevedo. “Agora aguardamos a elaboração dos editais, que será realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o mais rápido possível”, disse em nota.
A Companhia Nacional de Abastecimento ainda não divulgou datas das operações de Pepro. O preço do milho já apresenta reação em Mato Grosso. Em Sorriso, onde o cereal chegou a ser vendido a R$ 9,50, a cotação chega a R$ 11 nesta quarta-feira.
Os leilões vão compensar os compradores que pagarem preços mínimos aos produtores. O preço mínimo da saca de 60 quilos de milho está em R$ 17,67 no Paraná, em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul e em R$ 13,56 em Mato Grosso.
Leia a portaria:
http://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.jsp?jornal=1&pagina=4&data=06/08/2014
- EUA levam safra 2014/15 a US$ 10 por bushel em Chicago