Especialistas de 13 países participam nesta terça-feira no Zimbábue de uma reunião de emergência promovida pela ONU para lutar contra a praga da lagarta do cartucho, que está destruindo as colheitas de cereais de vários países africanos.
Durante três dias, os especialistas estarão reunidos em Harare, a capital do país, convocados pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).
Este tipo de lagarta, originária da América, foi introduzida recentemente na África e arrasou campos de cereais no Zâmbia, Zimbábue, África do Sul e Gana. Malauí, Moçambique e Namíbia também teriam sido afetados.
Segundo os especialistas, é a primeira vez que a espécie provoca destruições de colheitas na África.
As lagartas destroem o milho, o trigo, o mijo e o arroz, que são alimentos básicos nos países do sul da África.
Na semana passada, o Centro Internacional para a Agricultura e as Biociências (Cabi) explicou que estas lagartas estão se “propagando rapidamente” na África.
Esta organização internacional sem fins lucrativos e com sede no Reino Unido advertiu que as lagartas “poderiam se propagar nos próximos anos na Ásia tropical e no Mediterrâneo, tornando-se uma grande ameaça para o comércio agrícola mundial”. Segundo o Cabi, o milho é o alimento mais vulnerável à praga.
A agência da ONU adverte que esta praga “poderia ser catastrófica” para o sul da África, já afetado pela seca e pelo fenômeno climático El Niño. “Esta fase da praga começou em meados de dezembro de 2016 no Zâmbia”, explicou Kenneth Wilson, professor da Universidade de Lancaster (Grã-Bretanha), em uma nota publicada na segunda-feira. “A praga se propagou até a África do Sul. Estas lagartas se alimentam de cereais de base, motivo pelo qual podem provocar fome na região”, indica a nota.
Os pesticidas químicos poderiam ser uma solução, mas sabe-se que na América as lagartas desenvolveram resistências aos inseticidas.
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