Uma ação na Justiça movida em Minneapolis, nos Estados Unidos, será julgada nesta segunda-feira contra a gigante suíça de agronegócios Syngenta, por introduzir uma variedade de milho geneticamente modificada antes que a China aprovasse sua importação. No processo, foram apresentados documentos da companhia assegurando que a variedade Viptera seria aprovada pelos chineses para a colheita de 2011, mas a importação só foi liberada ao final de 2014.
O caso afirma que o milho Viptera prejudicou um importante mercado de exportação dos EUA e derrubou os preços, causando prejuízo estimado em US$ 5 bilhões a 60 mil produtores americanos. Mas a Syngenta diz que a queda do preço de 2013 foi provocada por uma supersafra nos Estados Unidos e não pela rejeição da China à Viptera. A empresa também argumenta que o produto foi registrado e aprovado para comercialização nos EUA e em vários países importadores. À época, segundo a Syngenta, a China não figurava como cliente de destaque.
O julgamento, marcado inicialmente para maio, teria sido o primeiro de dezenas de milhares de casos. Mas o processo de Minnesota atrasou enquanto uma ação do Kansas foi finalizada e resultou em indenização de US $ 218 milhões para os agricultores. A Syngenta entrou com recurso contra a decisão. Em um terceiro caso, um juiz de Ohio proferiu decisão favorável à companhia.