Os produtores de milho estão reduzindo o ritmo de comercialização neste período de colheita, para evitar uma pressão de oferta sobre os preços. A avaliação é da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Segundo os técnicos da CNA, a boa produtividade e a regularidade do ritmo da colheita derrubaram os preços do milho no mercado interno em janeiro e inibem os negócios. O levantamento da CNA mostra que em Tupanciretã (RS) o preço do milho teve declínio de 6,3% em janeiro ante dezembro, enquanto em Sorriso (MT) a queda foi de 7,6% e, em Rio Verde (GO), de 5,7%.
Os técnicos observam que os preços do milho recuaram também no mercado internacional, pressionados por estimativa do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, o Usda. Relatório oficial aponta redução de 4,2% das exportações norte-americanas do milho em fevereiro, em razão do ritmo lento de venda e da concorrência com o produto brasileiro. Esse recuo ocorre num momento em que o Brasil colhe a safra de verão de milho e soja e, ao mesmo tempo, semeia a safra de inverno de milho.
Recuo
6% de queda nos preços do milho ante as cotações de novembro inibem comercialização. Na soja, metade vendida, o recuo passa de 20%, as cotações continuam um terço acima das praticadas um ano atrás.