A proibição de venda do milho transgênico Liberty Link nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, tomada pela Justiça Federal na última quinta-feira, não terá impacto no mercado de grãos brasileiro. Apesar de aprovada pela Comissão Técnica de Biossegurança (CTNBio) desde 2008, a tecnologia desenvolvida pela Bayer Seeds ainda não é comercializada no país.
De acordo com a decisão da 2.ª Seção do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), a empresa alemã só pode comercializar o produto após realizar estudos que permitam à CTNBio certificar que a produção do cereal geneticamente modificado não é nocivo ao ecossistema do Norte e Nordeste.
Mesmo sem efeitos práticos nos negócios, o setor avalia a decisão com um retrocesso da agricultura brasileira. Para o presidente executivo da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho), Alysson Paolinelli, o veto implica na redução de tecnologias à disposição dos produtores.
“A variedade é cultivada nos Estados Unidos, Argentina e países da Europa. Aqui seria mais uma opção tecnológica”, aponta. Resistente ao herbicida glufosinato de amônio, o Liberty Link foi o primeiro milho transgênico aprovado no Brasil.
Em nota, a Bayer informou que não recebeu oficialmente a decisão judicial e, somente após notificada, irá se pronunciar sobre o assunto.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura