Fast-food
A ampla cadeia produtiva da norte-americana McDonalds movimenta diversos setores da economia agroindustrial do Brasil, com destaque à produtos da agricultura e pecuária. Somente no Brasil, no ano passado, as unidades da fraquia registraram quantidades no mínimo curiosas na compra de suas principais matérias-primas. Os 577 restaurantes da rede, espalhados por todo o território nacional comercializaram 23 milhões de dúzias de pães, 2,5 mil toneladas de alface, 20 mil toneladas de carne bovina, 6,2 mil toneladas de carne de frango e 30,5 mil toneladas de batata.
Embarques de trigo por Paranaguá crescem cinco vezes (foto 1)
Os embraques de trigo pelo Porto de Paranaguá cresceram 408% no primeiro trimestre deste ano. Entre janeiro e março, foram 567,5 mil toneladas. A maior parte do produto é procedente de lavouras do Paraná, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul. Os principais destinos foram Vietnã, Filipinas, França, Tailândia, Coréia, Equador e Estados Unidos. O movimento de saída do trigo brasileiro chama a atenção, já que tradicionalmente o país é importador do cereal. A ampliação dos embarques foi possível por causa dos leilões de Prêmio de Escoamento de Produto (PEP). O cereal escoado pelo Porto de Paranaguá foi produzido na safra passada e precisou de apoio do governo porque cerca de um terço da produção nacional não atingiu padrão de qualidade devido ao excesso de chuva. O Paraná produziu, no ciclo passado, 2,48 milhões de toneladas de trigo. Este ano, tem potencial para 3,1 milhões de toneladas, apesar da redução de 12% na área de cultivo. O plantio já começou e a colheita acontece entre agosto e dezembro.
Brasil renova acordo de importação de leite em pó
O Brasil renovou por mais um ano o acordo de importação máxima de 3 mil toneladas/mês de leite em pó da Argentina pelo preço mínimo praticado na Nova Zelândia no mês da negociação. No último leilão da Fonterra, referência de preços no mercado internacional, o valor mínimo negociado foi de US$ 3.672 por tonelada. Segundo o presidente da Comissão de Pecuária de Leite da Confederação de Agricultura e Pecuária (CNA), Rodrigo Alvim, a permanência do acordo é importante para evitar que se repitam no Brasil os problemas ocorridos no início de 2009, quando a importação de leite em pó cresceu 400% no primeiro trimestre do ano. Na época, o produto argentino entrou no país a um valor abaixo do praticado no mercado internacional, o que prejudicou ainda mais o setor leiteiro, que já enfrentava preços baixos por causa da crise financeira internacional.
Paraná incentiva a arborização de pastagens
A arborização de pastagens como fator de integração entre lavoura, pecuária e floresta está sendo incentivada no Paraná como técnica para implementação de sistemas sustentáveis de produção e a recuperação de Áreas de Preservação Permanente (APP) e de Reserva Legal. A recomendação é resultado de parceria entre a Secretaria da Agricultura (Seab) e a Embrapa Florestas, e tem como objetivo a demonstração de sistemas sustentáveis de produção nos quais a arborização participa como elemento integrador, proporcionando o uso eficiente da terra e produzindo mais por área. As árvores protegem as pastagens contra geadas, aumentam o conforto animal e mantêm a umidade do solo por mais tempo.
Agricultura terá R$ 5,2 bilhões para comercialização
O ministro da Agricultura (Mapa), Wagner Rossi, disse na semana passada que o financiamento para a comercialização da safra agrícola começa com a disponibilização de R$ 5,2 bilhões para os produtores. A afirmação foi feita após a abertura da 17.ª Agrishow (Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação), em Ribeirão Preto (SP) e anunciada depois pelo Mapa. O valor, de acordo com Rossi, já começa acima de todo o montante que foi disponibilizado na safra passada, de aproximadamente R$ 5,1 bilhões. A diferença de uma temporada para outra deve ser ainda maior, conforme o ministro, porque o montante de R$ 5,2 bilhões deverá ser suplementado.
Faep orienta produtores sobre incapacidade de pagamento
A Federação da Agricultura do Paraná (Faep) está orientando o produtor que não tem renda para quitar a parcela de 2010 do crédito rural oficial por problemas de rentabilidade a protocolar carta de pedido de prorrogação da parcela. Os modelos de carta estão disponíveis no site da entidade, em "Dívidas Agrícolas orientações aos produtores". A Faep alerta, no entanto, que agricultor deve verificar também se isso não impedirá seu acesso a novos financiamentos por conta do aumento do risco no agente financeiro. Para as operações de custeio, não há necessidade de edição de novas normativas do Banco Central para prorrogação, pois o Manual do Crédito Rural (MCR) já prevê essa possibilidade. Informações: www.faep.com.br.
Governo federal quer tornar permanente o Mais Alimentos (foto 2)
O governo federal quer tornar permanente o programa Mais Alimentos, de financiamento de tratores e máquinas para pequenos agricultores. A afirmação é do ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, durante a abertura da Agrishow 2010, em Ribeirão Preto (SP). "O programa criado em 2008, para um ano, foi renovado por mais um ano e agora será perene, uma política pública por determinação do presidente Lula", disse o ministro. Segundo Cassel, a autorização para que o programa seja permanente sairá por meio de uma resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN). Em pouco mais de dois anos, o Mais Alimentos possibilitou a compra de 25 mil tratores por pequenos agricultores. No Paraná, o programa estadual similar, chamado de Trator Solidário, já entregou mais de 5 mil tratores.