Num ano em que suas lavouras de soja estão crescendo 6,3% para 6,7 milhões de hectares , Mato Grosso aumenta também a criação de gado em confinamento. A expansão chega a 29%, para 763,9 mil cabeças, apontou levantamento do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) e da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat).
"O aumento do confinamento marca uma tendência. Mato Grosso tem todas as condições de se consolidar como o maior confinador do país", disse Luciano Vacari, superintendente da Acrimat. Atualmente, o principal confinador no país é Goiás.
O confinamento é realizado no período de estiagem, quando o tempo mais seco prejudica as pastagens e também para liberar área para o plantio de grãos. Os bovinos são alimentados em cocho, como forma de garantir a oferta de animais para o abate.
O levantamento mostra que o aumento dos preços da arroba entre julho e novembro deu um estímulo adicional para o crescimento no número de animais confinados. De acordo com o Imea, o incremento foi de 7,2%, para R$ 92 reais por arroba. Mas os pecuaristas que confinam animais trabalham com um cenário de custos maiores. O estudo mostra que um aumento de 31,5% nos custos de confinamento em relação ao ano passado, atribuído à alta na ração e na silagem.
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