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Produtores que plantarem refúgio terão desconto na aquisição das sementes convencionais. | Marcelo Andrade / Gazeta Do Povo
Produtores que plantarem refúgio terão desconto na aquisição das sementes convencionais.| Foto: Marcelo Andrade / Gazeta Do Povo

Detentora de aproximadamente 40% do mercado nacional de sementes de milho, a multinacional Monsanto aposta em uma estratégia comercial para estimular os agricultores a fazerem o plantio do refúgio em áreas onde há adoção de sementes geneticamente modificadas. A partir desta safra a empresa passa a fornecer desconto de 30% na compra de cultivares convencionais que sejam utilizadas junto com a tecnologia Bt, resistente a lagartas.

O refúgio consiste associar o plantio de sementes transgênicas com variedades convencionais, para evitar a resistência de pragas. A prática vem deixando de ser adotada pelos produtores brasileiros, fato que pode abreviar a vida útil das tecnologias, contextualiza Tederson Galvan, gerente de biotecnologia de milho da Monsanto. Ele lembra que quando a tecnologia foi introduzida no Brasil, em 2007, até 80% das áreas utilizavam o refúgio em algumas regiões. “Hoje cerca de 20% dos produtores brasileiros que utilizam transgênicos adotam o refúgio. A redução se intensificou nas últimas duas safras, e isso acendeu um sinal de alerta”, detalha.

O desconto já está sendo concedido aos produtores que adquirirem as sementes convencionais juntamente com as variedades transgênicas. Conforme o gestor, a intenção da empresa é manter a promoção nas próximas safras.

Refúgio na saca ainda não é realidadeOpção já disponibilizada pela Monsanto aos agricultores norte-americanos, a venda de sacas de cultivares transgênicas que contém sementes convencionais (refúgio na saca) ainda não está disponível no Brasil. O sistema, que dispensa o plantio de uma área específica para o refúgio, já está em estudos, mas ainda não tem data para ser lançado, indica Galvan.

Ministério quer regulamentar a práticaO Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) também está monitorando a questão das áreas de refúgio. O órgão está articulando a criação de uma portaria que regulamente a prática, para estabelecer critérios de fiscalização. Conforme o ministro Neri Geller, a intenção é implantar os parâmetros já na safra 2014/15.

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