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Na Agrishow, setor demonstra preocupação com Plano Safra 2016/17

Agrishow deve receber 160 mil visitantes até sexta-feira (29) | Agrishow/Divulgação
Agrishow deve receber 160 mil visitantes até sexta-feira (29) (Foto: Agrishow/Divulgação)

O pontapé da 23ª edição da Agrishow, uma das maiores feiras agrícolas do mundo, que começou nesta segunda-feira (25), em Ribeirão Preto (SP), foi marcado pela apreensão do setor com a crise política e econômica que o país atravessa, principalmente em relação ao Plano Agrícola e Pecuário 2016/17, o Plano Safra, que ainda não foi anunciado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

De acordo com o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Carlos Pastoriza, para evitar danos, é importante que plano seja lançado o mais rápido possível. “Hoje, as bases estão bem consolidadas, falta apenas o governo de plantão, seja ele quem for, validá-las antes de 30 de junho, o mais rápido possível”, disse.

Segundo o vice-presidente da Associação Brasileira de Agronegócio (Abag), Francisco Matuso, parte dos R$ 187,7 bilhões do plano anterior ainda estão disponíveis. “Até junho, os produtores podem contar com os recursos do plano safra 15/16. Os juros (de 7,5% ao ano) não estão elevados. Quem quiser comprar, a hora é essa”, afirmou Matuso.

O presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), João Martins da Silva Júnior, conta que as diretrizes para o próximo plano foram trabalhadas ao longo de 2015 e que só precisa ser assinado. “Nós ouvimos a base, os produtores de diferentes estados. Apresentamos nossas demandas e esperamos que sejam atendidas pelo Mapa.”

Na última semana, em entrevista à Revista Globo Rural, a ministra Kátia Abreu disse que estava preocupada com o Plano Safra, que os recursos estão definidos e que “se for a presidente Dilma [que fará o lançamento]”, não vai ter corte.

A feira

Realizada em Ribeirão Preto, a Agrishow, maior feira de maquinas agrícolas da América Latina, termina na sexta-feira (29). Em cinco dias, os organizadores esperam faturar R$ 1,9 bilhão, como no ano passado, queda de 30% em relação a edição de 2014. Segundo o presidente de honra da feira, Maurílio Biagi Filho, a expectativa é receber 160 mil visitantes, como em 2015. Ao todo, 800 empresas estão participando.

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