As equipes da Expedição Safra RPC encerram nesta semana o trabalho de campo numa região bastante peculiar do agronegócio no país. Em São Paulo, Minas e Goiás os grãos têm seu espaço. Mas esses estados, no Sudeste brasileiro, desenham quase que um mosaico de produção, onde os limites não estão apenas na vocação natural, de acordo com o tipo de clima, solo e outras condições agronômicas. A composição considera também aspectos econômicos, do agronegócio globalizado, onde quem fala mais alto é a demanda, não o histórico do agronegócio tradicional, calcado na produção e industrialização de soja e milho.
Há décadas, o cultivo de grãos trava uma verdadeira batalha com a cana e o gado. Disputa, aliás, que já perdeu, e feio. Em São Paulo, por exemplo, quem manda é cana e o gado. Embora a pecuária também esteja sendo pressionada pelo setor sucroalcooleiro. Em Minas, a referência do gado leiteiro ainda é forte, mas o perfil do estado começa a mudar, seduzido pelo açúcar e álcool. Goiás, este sim, talvez consiga conciliar, sem maiores prejuízos para um lado ou outro, a diversificação. O estado é um dos maiores fornecedores de carne bovina, mas também um centro de tecnologia agrícola que ajudou a transformar o Cerrado brasileiro.
Comum entre esses estados é o café. Aqui ou ali, esse cultivo perdeu área, é verdade. Mas ganhou eficiência e tecnologia. Comum entre o Sudeste e o Paraná, quase tudo, em suas devidas escalas e proporções. A produção paranaense é focada nos grãos, mas por aqui é a diversificação que vem com a cana, o gado e café.
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