Em meio ao avanço da tecnologia, o Paraná ainda preserva verdadeiros oásis de soja convencional. Um exemplo é o produtor Ivo Arnt Filho, que administra um grupo familiar em Tibagi (Campos Gerais), que não planta OGM "por conveniência e por questões de ideologias".

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Ele explica que não é contra o transgênico, mas que, neste momento, apenas não precisa dessa tecnologia. "Faço rotação de cultura, minhas lavouras têm baixa infestação de plantas daninhas e não uso herbicida de folha larga", relata Arnt para justificar sua opção por uma questão de custo-benefício. Arnt faz parte do Grupo de Agronômos de Tibagi, que plantam ou então representam produtores que somam 60 mil hectares de lavouras, "onde ninguém vai plantar transgênico".

Na Castrolanda, município de Castro, apenas 1.300 hectares, dos 47 mil hectares que serão cultivados pelos seus cooperados são de soja modificada. A cooperativa segue um programa de rastreabilidade e certificação para garantir que todo o processo de produção é convencional. Para evitar qualquer risco de contaminação, Sinohe Guerreiro, gerente agrícola, esclarece que a soja transgênica, mesmo que seja uma pequena quantidade, não será manipulada na estrutura da cooperativa. Ela será recebida e armazenada por um parceiro.

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Tanto a Castrolanda como o produtor Ivo Arnt conseguem negociar contratos com diferencial de preço.