Leite foi levado para a frente da Câmara de Vereadores de Pitanga.| Foto: Divulgaa§a£o / Sindicato Rural De Pitanga

Representantes dos caminhoneiros que participaram de reunião com governo e empresários nesta quarta-feira (25) aceitaram as propostas apresentadas para acabar com os bloqueios nas estradas, mas um grupo dissidente rejeitou o acordo e os protestos continuam. Com isso, consequências como a paralisação de frigoríficos e laticínios e o descarte de leite e pintainhos continuam.

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Em protesto o Sindicato Rural de Pitanga (Centro-Sul) organizou uma mobilização em frente à Câmara de vereadores do município, reunindo produtores e realizando o descarte de leite na rua. Conforme o presidente da entidade, Luiz Carlos Zampier, estão sendo perdidos 200 mil litros de leite por dia. Considerando os quatro municípios que integram a jurisdição do órgão as perdas chegam a 450 mil litros/dia, revela.

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Leite foi derramado nas ruas de Pitanga em protesto de produtores nesta quinta-feira (26). 

Na reunião de ontem o governo prometeu sanção sem vetos da lei dos caminhoneiros e carência de 12 meses para o pagamento de financiamentos de caminhões pelo Finame e Pró-Caminhoneiro. Além disso, a Petrobras garantiu seis meses sem aumento do diesel. Também será articulada a elaboração de tabela referencial de frete por entidades representativas de caminhoneiros, transportadoras e embarcadores com mediação do Ministério dos Transportes.

O documento que selou o acordo foi assinado por Miguel Rossetto (secretaria geral da presidência), Antônio Carlos Rodrigues (ministro dos transportes) e 11 representantes de trabalhadores. O presidente da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), Diumar Bueno, disse que as propostas foram acatadas. "Pedimos a sensibilidade dos caminhoneiros de liberar as rodovias pelas conquistas que tiveram aqui", declarou.

No contraponto, o líder do chamado Comando Nacional dos Transportes disse que as promessas não foram aceitas. Schimidt não participou na quarta-feira da reunião entre governo, empresários e representantes dos caminhoneiros, mas seria recebido mais tarde separadamente por negociadores do Executivo.

O governo, por seu lado, disse que as propostas serão efetivadas somente com o fim dos bloqueios. "Só vai ser cumprido o que nós combinamos na hora que forem liberadas as estradas, disse o ministro dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues.

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