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Nem o preço da soja em baixa intimida os produtores do Centro-Norte do país – aliás, os desbravadores da nova fronteira agrícola encravada no Cerrado. No roteiro pelo MaToPiBa (Maranhão, Tocan­tins, Piauí e Oeste da Bahia) não é difícil encontrar áreas de primeiro ano de plantio.

É claro que lá atrás, no planejamento do ciclo atual, quando decidiu-se pelas incorporações, o cenário era outro, de longe mais contagiante. Era época de soja acima de R$ 40 a saca, desempenho que estimulou e induziu à ampliação do cultivo. Mas as coisas mudaram rapidamente. As cotações despencaram, o crédito ficou escasso e a abertura de novas áreas virou um dilema. Alguns produtores mudaram de planos e passaram a se perguntar se era mesmo o momento para avançar. Outros, porém, a considerar que estavam no meio do caminho, decidiram manter suas apostas, ganhar escalar e eficiência na busca contínua por competitividade.

A conta para abertura de novas áreas passa por uma série de variáveis, como clima, infraestrutura e, principalmente, preço. Mas tem também a aposta do produtor, otimista por natureza. Se tiver recurso e proteção, de preço e produção, ele com certeza vai continuar no jogo. Nos estados de Maranhäo, Piauí e Tocantins, a taxa média de novas áreas tem ficado em 5% ao ano. Ela pode até dobrar, mas o ritmo dessa expansão, pelo menos por enquanto, será mesmo ditado pelo mercado, ou então, pelo produtor, destemido e empreendedor, como sempre e para sempre, acreditando que um dia o jogo vai virar.

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