A produção de café da Colômbia pode sustentar crescimentos anuais significativos ano a ano por mais alguns anos, depois de um salto de 40 % em 2013, já que há milhões de pés que ainda não atingiram a idade produtiva, informou o agrônomo-chefe da Federação Nacional dos Produtores de Café.

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O país, segundo maior produtor do tipo arábica, atrás do Brasil, replantou desde 2008 mais de metade de sua área total de café com árvores resistentes ao fungo roya, da ferrugem, que se espalhou pelo país e, aliado ao mau tempo, reduziu a produção em quatro temporadas.

Dos 585 mil hectares renovados, mais de metade --340.273 hectares-- foram plantados depois de 2011 com árvores que o agrônomo Carlos Uribe diz que ainda não estão produzindo, o que significa que a forte recuperação a caminho ainda está longe de ser concluída.

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"Depois de dois anos você tem alguma colheita, mas a partir do terceiro ano você tem uma safra muito boa", de novos pés, disse Uribe, que supervisiona uma rede de cerca de 1.300 agrônomos pagos pela federação dos produtores para implementar programas de extensão rural.

O presidente Juan Manuel Santos disse no mês passado que a colheita de café da Colômbia provavelmente vai alcançar 14 milhões de sacas "no curto prazo", à medida que a produção aumenta --uma recuperação que, para desgosto dos fazendeiros, coincide com um período de preços baixos para o arábica.

"Nos próximos anos é possível alcançar isso. Talvez em três anos, mas é difícil dizer", afirmou Uribe, quando indagado sobre os comentários do presidente.

A colheita em 2013 foi a maior desde 2008 e se espera que fique em torno de 11 milhões de sacas, um aumento em relação as 7,7 milhões de sacas do ano passado, de acordo com os dados da federação, já que mais pés resistentes ao fungo começam a produzir a primeira safra plena.

Cerca de 60% dos pés de café da Colômbia agora são resistentes ao fungo que no último ano vem devastando as produções da América Central. Os governos desses países estão liberando recursos emergenciais para substituir as árvores por outras resistentes ao fungo.

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Os preços do arábica subiram 9% na última semana embora estejam em US$ 1,16 por libra, muito abaixo do valor em torno de US$ 1,50  no começo do ano, já que a produção excedente está forçando a baixa do preço.

A associação dos produtores de café da Colômbia está encorajando os cafeicultores a elevar a produtividade de suas fazendas como um meio de lidar com preços mais baixos, procurando produzir mais café com menos insumos.

Um hectare de terra de cafezais colombianos agora rende 15 sacas de 60 quilos de café, disse Uribe, bem menos do que as cerca de 25 no maior produtor mundial do produto, o Brasil. O café da Colômbia é plantado em terrenos montanhosos e em elevada altitude, uma característica que favorece a qualidade.