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A conjuntura macro do agronegócio não vai bem. Produtores rurais protestam em todo o país e a crise do setor respinga em outros segmentos da economia – da indústria à prestação de serviços, da produção primária aos manufaturados. É certo que as principais commodities da agricultura brasileira não passam por um bom momento. A desvalorização do dólar, que se acentuou nos últimos meses – a moeda americana estacionou perto dos R$ 2 –, afeta a competitividade do produto nacional e compromete o poder de compra do agricultor.

Mas nem tudo é lamentação. Em meio à crise da agricultura tradicional, culturas que, no passado, já ocuparam lugar de destaque, ressurgem e ganham espaço no Brasil da soja e do milho. E é sobre isso que o Caminhos do Campo vai tratar a partir de hoje. Numa série de reportagens, que serão publicadas nessa e nas próximas três edições, você conhecerá mais sobre um outro lado do agronegócio paranaense, que não a produção de grãos, leite e carne.

Vamos falar do Paraná que produz café, cana-de-açúcar, laranja e borracha. Apesar da crise cambial, fabricar açúcar e álcool, vender café, extrair borracha e suco de laranja ainda são atividades que se mantêm competitivas, com preço e mercado garantidos.

A primeira reportagem mostra a recuperação do café no estado. Dizimada com a geada negra de 1975, a cultura perdeu espaço e a produção despencou. Trinta anos depois, o investimento em pesquisa, que resultou em novas variedades e sistemas de manejo, está permitindo a retomada dos cafezais.

Depois, será a vez da cana-de-açúcar, cultura que, para muitos analistas, desenha um novo ciclo econômico no país, devido ao seu potencial energético. A demanda internacional por açúcar e álcool e o consumo interno provocado pelos carros flex estão fazendo muita gente trocar os grãos pelas lavouras de cana. Somente no Paraná, os investimentos em novas lavouras e usinas (programados ou em execução) ultrapassam R$ 1 bilhão.

A terceira reportagem vai mostrar os pomares de laranja do estado. Mesmo com o protecionismo norte-americano, o Paraná consegue exportar suco de laranja para os Estados Unidos. As tarifas são altíssimas e, mesmo assim, nosso produto é competitivo. Já há sistemas integrados de produção, onde os pomares começam a ser, inclusive, rastreados.

Por fim, uma surpresa. Você sabia que se produz borracha no Paraná? Não só se produz como agricultores começam a ver na seringueira uma boa opção de renda e diversificação. O preço e a demanda internacional estão motivando produtores a entrar na atividade.

São novas e boas notícias do campo, a partir de hoje, no suplemento de agronegócio da Gazeta do Povo.

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