Paranavaí - De vendedor de panelas a um dos maiores fabricantes de equipamentos para a cadeia produtiva da mandioca. Essa é a história de João Marques Sobrinho, um paraibano de 40 anos que chegou ao Paraná no início da década de 80 e hoje administra um negócio que, somente em capital imobilizado, está avaliado em R$ 3 milhões. O carro-chefe da Marquesfund, com sede no Distrito de Graciosa, em Paranavaí, Noroeste do estado, é a linha de máquinas industriais para fecularias, que produzem fécula (um sub-produto da mandioca). Mas a empresa também fabrica implementos agrícolas utilizados no cultivo da raiz.
O "João das Panelas", como ficou conhecido Marques Sobrinho, recorda com orgulho do tempo em que fabricava e vendida panelas de alumínio fundido. "A matéria-prima era alumínio-sucata, metal reciclável, que depois de derretido dava a liga para a produção das panelas." O primeiro torno de sua metalúrgica foi comprado ainda na época das panelas. O objetivo era aumentar o volume e produzir em escala. Hoje, a Marquesfund utiliza aço carbono e inóx, tem 30 funcionários e não consegue atender todos os pedidos de equipamentos e peças de reposição de clientes em todo o Brasil.
Mas o desempenho da metalúrgica, que depois de quatro anos (91-94) produzindo panelas começou a fabricar máquinas industriais, não foi somente uma jogada de sorte ou acaso do destino. Marques Sobrinho, que tabalhava na roça, como bóia-fria, investiu em formação profissional. Quando percebeu sua aptidão com a lida, matriculou-se num curso técnico de mecânica. Atualmente, preocupado, com a falta de mão-obra qualificada para o setor, ele também investe na capacitação do seu quadro funcional. Com apoio do Senai e suporte da Fundação Roberto Marinho, os funcionários da Marquesfund têm a oportunidade de participar de um curso com base de formação mecânica.
Com a expansão dos negócios, a empresa se prepara para mudar de sede. Está em construção um novo barracão.