A série de reportagens Boas Notícias, que publicou matérias sobre café, cana e laranja, está ampliando sua cobertura temática para contemplar um tema de especial relevância ao agronegócio do Paraná. Em vez de mostrar a produção de borracha, conforme programado para esta edição, o suplemento rural da Gazeta do Povo abre espaço para o cooperativismo, um conceito ideológico de associação de pessoas que, nas últimas três décadas, transformou a realidade econômica e social do interior do estado.
Em especial por causa de sua vocação agropecuária, o Paraná pode ser considerado o mais cooperativista de todos os estados do país. Mais da metade da produção agrícola paranaense passa por uma cooperativa. Em muitos municípios, ela também é a maior fonte de receita, emprego e renda. Um exemplo é a pequena Cafelândia (Região Oeste), onde a Copacol emprega 4 mil pessoas, o equivalente a um terço da sua população.
Outro componente importante nessa discussão são as agroindústrias, quase que um sinônimo de cooperativa. Foi através da transformação da produção primária que essas estruturas se viabilizaram, agregaram valor e tornaram-se competitivas. A busca da excelência produtiva e a exploração de nichos de mercado permitiram estabelecer clientes cativos e desenvolver produtos sob encomenda, exclusivos, ao gosto do freguês.
Assim como o agronegócio, a cooperativa-mercado, mas também como sociedade de pessoas, está cada vez mais presente no dia-a-dia dos paranaenses, seja no campo ou na cidade. Do médico ao supermercado, da escola ao trabalho, sem perceber, milhares de paranaenses vivem o cooperativismo. O resultado é o econômico: o faturamento das cooperativas chega a superar o orçamento do governo do Paraná. Mas a conseqüência é social: a atividade congrega mais de 2 milhões de paranaenses.
Sempre no primeiro sábado do mês de julho, o mundo inteiro comemora o Dia Internacional do Cooperativismo. No Brasil, a presença desse sistema ainda é muito pequena, se comparada à alguns países europeus. De acordo com números da Organização das Cooperativas Brasieliras (OCB), apenas 6,79 milhões de habitantes são cooperados.
A reportagem sobre a borracha, produto que desponta como opção de renda e diversificação, será publicada na próxima edição do Caminhos do Campo.
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