Depois de o Brasil anunciar que elevará de 5% para 7% a concentração de biodiesel no diesel ainda neste ano, a Argentina reforça sua política de agregação de valor à soja e incentiva a exportação do combustível ecológico. A indústria de biodiesel do país vizinho espera elevar em 30% seus embarques em 2014 – e voltar à liderança no mercado global – mediante novo corte nos impostos.
O Ministério das Finanças da Argentina reduziu pela metade o imposto de exportação para ajudar os produtores de biodiesel que enfrentaram dificuldades depois que a União Europeia (UE), seu principal cliente, restringiu as importações com origem no país em 2013, alegando prática de dumping (venda por preço artificialmente baixo).
Com o corte nos impostos de exportação para 11%, contra 21% cobrados anteriormente, os embarques de biodiesel poderiam subir 30% rapidamente, para 1,5 milhão de toneladas. Esse nível se aproxima do recorde de 1,7 milhão de toneladas de três anos atrás.
Metas
800 milhões de litros de biodiesel a mais devem ser consumidos no Brasil por ano com a elevação da mistura de 5% para 7% até novembro, o que promete reduzir a ociosidade da indústria nacional. Na Argentina, a expectativa do setor é exportar 500 milhões de litros a mais, com impostos reduzidos.