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Reconhecimento

Onu seleciona fotos de paranaense para expor em Nova York

Em uma das fotos premiadas, produtor Olavo Aparecido Luciano mostra estrutura que antes era utilizada para secar café, mas que atualmente é usada para secar sementes de maracujá vendidos à indústria de cosméticos | Ricardo Rossi/Divulgação Ocepar
Em uma das fotos premiadas, produtor Olavo Aparecido Luciano mostra estrutura que antes era utilizada para secar café, mas que atualmente é usada para secar sementes de maracujá vendidos à indústria de cosméticos (Foto: Ricardo Rossi/Divulgação Ocepar)

O fotógrafo e jornalista paranaense Ricardo Rossi teve duas imagens selecionadas para integrar uma exposição sobre cooperativismo na sede da Organização das Nações Unidas (Onu) em Nova Iorque. A mostra, chamada de “Cooperativas: o poder de agir para um futuro sustentável”, reúne fotografias de oito países: Etiópia, Nigéria, Paquistão, Ruanda, Timor-Leste, Faixa de Gaza, Reino Unido e Brasil. Rossi, que trabalha no Sistema Ocepar de cooperativas, foi o único brasileiro a ter imagens selecionadas para a exposição.

O concurso que elegeu as fotografias foi promovido pelo Comitê de Promoção e Progresso das Cooperativas (Copac), constituído pela Aliança Cooperativa Internacional (ACI) e pela ONU. As fotos, além de expostas, serão publicadas em catálogo. Este material será enviado a todos os representantes dos países membros da ONU. A intenção é promover a conscientização sobre o Dia Internacional do Cooperativismo, comemorado em 4 de julho – dia da abertura da exposição nos Estados Unidos, que vai durar até 20 de julho.

Rossi explica que as duas imagens selecionadas retratam produtores de frutas, cooperados da Cooperativa Agroindustrial de Produtores de Corumbataí do Sul e Região (Coaprocoar). As fotos foram publicadas pela primeira vez na edição 109 da Revista Paraná Cooperativo, de julho de 2014. As fotografias exemplificam os resultados que fruticultores passaram a construir por meio do cooperativismo. Aparecem nas imagens os produtores rurais Olavo Aparecido e João Batista Campos, que atuam com maracujá (ver fotos).

O jornalista e fotógrafo conta que o reconhecimento das fotografias é gratificante porque o trabalho dele é justamente mostrar iniciativas de cooperativismo que dão certo. “O que o cooperativismo tem fomentado para que as pessoas em conjunto consigam viabilizar seus negócios e alcançar qualidade de vida melhor, e essa cooperativa representa exatamente isso”, cita. “É um grande orgulho para todos, não só para mim, mas a todos os que estão no cooperativismo, pois se trata de uma visibilidade a um projeto de desenvolvimento que faz diferença lá na ponta, na vida dos produtores”, completa.

Sobre as fotografias selecionadas, Rossi destaca a abertura dos fotografados para receber a equipe de reportagem e abrir suas vidas para o mundo. “Quando eu cheguei até eles, fui recebido muito bem, criou-se um vínculo de confiança que fica muito evidente nas fotos. Não tem defesa, é o homem do campo sem nenhuma barreira da desconfiança. Foram muito generosos em mostrar sua casa, sua vida. Está retratada a espontaneidade e o jeito de ser da pessoa do campo”, enfatiza.

A cooperativa

De acordo com a Ocepar, a Coaprocor surgiu depois que produtores de café foram afetados por geadas e quedas de granizo. A partir de então eles buscaram alternativas de renda e chegaram à fruticultura. Graças à organização em cooperativas, desde 2009 a Coaprocor, sediada na cidade de Corumbataí do Sul, Noroeste do Paraná, congrega 800 produtores e gera cerca de 70 empregos diretos. A cooperativa está investindo na agroindustrialização e comercializa, além das frutas in natura, 25 tipos de polpas de frutas, em mais de 100 municípios do Paraná e São Paulo.

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