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Os produtores brasileiros de grãos que mais usam soja transgênica estão no Sul do país. A constatação é da Expedição Safra RPC, que monitora a adoção dessa tecnologia desde 2006 no Paraná e lançou estimativa nacional nesta safra. Nas demais regiões, os agricultores alegam que não dependem tanto dessa tecnologia para controlar as ervas daninhas e argumentam que ainda faltam sementes adaptadas.

No primeiro ano da Expedição, quando ainda não eram divulgados números oficiais no Paraná, a equipe de técnicos e jornalistas apurou junto aos produtores que a semente da soja Roundup Ready (RR) era usada em 47% das lavouras do estado. Nos anos seguintes, a sondagem, desenvolvida em parceria com a Organização das Coope­­rativas (Ocepar) e a Fede­­ração da Agricultura (Faep) do Paraná, chegou a índices estaduais de 49%, 56% e 64,3% (safra atual).

A expansão estava ocorrendo em todo o país, revelou a última sondagem. A soja transgênica representa surpreendentes 95% das lavouras de soja gaúchas. O índice nacional, calculado em 67,4%, só não é maior porque o estado líder em soja, Mato Grosso, adota soja RR em equilibrados 50% da área plantada.

A adesão ao milho transgênico cresce mais rapidamente, conforme a Expedição Safra RPC. O salto foi de 4% para 41% da safra de verão passada para a atual no Paraná. Consideradas as principais regiões produtoras do país, as sementes resistentes a insetos, única opção geneticamente modificada do cereal disponível ao produtor brasileiro, cobrem 39,5% da área plantada, aponta a pesquisa.

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