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Os novos ciclos do agronegócio moderno

Por motivos econômicos ou climáticos, a agricultura no Brasil e no mundo vive de ciclos, positivos ou negativos, que configuram fases de incremento desta ou daquela cultura. Foi assim com o café, a cana-de-açúcar e os grãos, principalmente a soja. São culturas que marcaram época, fizeram história e sustentaram o desenvolvimento econômico de muitas regiões do país. Mas ao longo do tempo, em especial das últimas três décadas, os altos e baixos fizeram com que muitas lavouras perdessem espaço e quase desaparecessem do mapa. Foram os casos da cafeicultura e da cotonicultura paranaense, atividades que foram praticamente aniquiladas da produção agrícola do estado.

Hoje, porém, fase do agronegócio moderno, eficiente e competitivo – predicados essenciais na econômica globalizada –, algumas dessas culturas querem reconquistar seu espaço. Seja por demandas específicas ou então pela necessidade de diversificar e buscar melhor rentabilidade, o fato é que o campo passa por uma nova revolução. São mudanças de natureza tecnológica, que estão reinventando a forma de fazer agricultura. E nesse embalo, voltam à cena e ganham força opções tradicionais de cultivo, que já estavam sendo esquecidas e de certa forma até desprezadas. O café é um exemplo clássico. A cana, então, pode ser considerado um case.

Mas quando falamos de Paraná, é na produção de algodão que mora um dos principais desafios. O estado já foi o maior produtor nacional de pluma. Respondia, sozinho, por quase a metade da produção brasileira. No início da década de 90, eram mais de 700 mil hectares, contra pouco mais de 10 mil na safra atual. De exportador da fibra naquela época, o Brasil passou a ser o 2.º maior importador mundial. A notícia boa, porém, é que assim como café e cana, o algodão também começa a reagir no estado.

A reportagem de capa desta edição mostra o esforço do produtor, da indústria e da pesquisa na retomada da cultura. Tem até colheitadeiras do Cerrado, principal região produtora, trabalhando nos campos paranaenses. A meta, bastante ousada, é atingir a marca de 100 mil hectares nos próximos cinco anos. Ainda será pouco perto do que o estado plantava, mas suficiente para colocar o Paraná entre os maiores produtores, num ranking liderado atualmente pelo Mato Grosso.

Ainda nesta edição, a reportagem mostra a experiência do algodão transgênico na África do Sul, onde o pequeno produtor consegue se manter na atividade com a adoção da tecnologia de variedades geneticamente modificadas.

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