• Carregando...

A lista de alimentos que dependem de irrigação em pelo menos uma fase da produção inclui batata-doce, alho, folhosas como alface e até a mandioca. Entre os itens que o Paraná traz do Sudeste, vem sendo notado aumento nos preços. É o caso da vagem, abobrinha, chuchu, batata, cenoura e cebola.

Os técnicos avaliam, no entanto, que é difícil mensurar a influência da crise hídrica, porque os preços normalmente sobem na entressafra. A influência da falta de água reforça essa tendência. De dezembro para janeiro, o preço da batata ao produtor praticamente dobrou no Paraná, passando de R$ 47,41 a saca de 50 Kg para R$ 92,71 (+95%). Em fevereiro, a saca passou a R$ 80, valor que deve ser mantido pelos próximos meses, segundo os técnicos do setor.

Movimento similar foi observado no varejo, De dezembro até fevereiro, a batata lisa subiu 35%, custando atualmente R$ 3,51 o quilo. Para a cebola, o preço subiu 33%, a R$ 2,70/kg.No caso da batata, as razões envolvem o Sudeste. “No ano passado, São Paulo e Minas Gerais tiveram prejuízo na safra devido aos preços baixos. Então, nesta safra, reduziram consideravelmente a produção, embora o Sul tenha mantido a média anterior. Por isso a alta”, explica o agrônomo Iniberto Hamerschmidt, da Emater.

Vizinhança

O Paraná remete anualmente cerca de 500 mil toneladas de batata para São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo e para o Nordeste. A produção em 2013 foi de cerca de 733 mil toneladas, segundo a Emater.

Minas Gerais produz 36% da batata brasileira, em três safras anuais. O Paraná é o segundo maior produtor, com duas safras anuais e 21% do volume nacional. O terceiro maior produtor é São Paulo, com 18%. Uma redução na produção paulista tende a abrir automaticamente mercado a Minas Gerais e ao Paraná.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]