Os Estados Unidos vão pagar aos produtores brasileiros de algodão US$ 300 milhões em compensação para encerrar a disputa sobre os subsídios do algodão proporcionados pela Farm Bill, lei agrícola que beneficiam os produtores norte-americanos, afirmaram nesta terça-feira (30) duas autoridades familiarizadas com o acordo.
O acordo será formalmente assinado na quarta-feira (01) em Washington, disse um dos funcionários. Em troca do pagamento ao Instituto Brasileiro do Algodão (IBA), o Brasil concordou em não tomar quaisquer outras medidas comerciais contra os Estados Unidos.
"Todo mundo está aliviado que este caso está finalmente sendo encerrado e que Brasil e EUA podem agora seguir em frente em muitos interesses comuns que nos unem", afirma uma das fontes, que não se identificou. A autoridade afirmou que os Estados Unidos poderiam implementar uma nova lei agrícola sem preocupações com retaliações. "Quando você considera o que estava em jogo para ambos os lados, este é um acordo em que todos ganham", declara.
Histórico
Em 2004, o Brasil venceu na Organização Mundial do Comércio (OMC) uma disputa contra os subsídios recebidos por produtores de algodão dos EUA, ficando com o direito de impor sanções contra produtos norte-americanos no valor de US$ 830 milhões. O país concordou em suspender a punição caso os EUA depositassem dinheiro em um fundo de assistência para produtores brasileiros de algodão.
Os EUA pararam de pagar a compensação mensal em outubro do ano passado, devido a divergências no Congresso norte-americano sobre o orçamento federal, o que levou o governo brasileiro a ameaçar impor tarifas mais altas para produtos norte-americanos.
A polêmica foi agravada em fevereiro com a aprovação da nova Farm Bill, que promoveu uma ampla reestruturação nos programas de subsídios do país e motivou nova pressão para uma retaliação aos norte-americanos.
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