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Estudos do órgão constataram que cana modificada não oferece riscos. | Arquivo/Gazeta do Povo
Estudos do órgão constataram que cana modificada não oferece riscos.| Foto: Arquivo/Gazeta do Povo

A venda de cana-de-açúcar geneticamente modificada foi aprovada pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) nesta quarta-feira (8). A medida torna o País pioneiro na produção da planta.

“Desde os tempos coloniais, a cana-de-açúcar tem um papel importante para a economia brasileira. O fato é que o Brasil desenvolveu e vai ser o primeiro país do mundo a aplicar a biotecnologia em cana. Com isso, a produtividade e a qualidade do produto devem aumentar”, avaliou um dos relatores do pedido, o professor Jesus Aparecido Ferro, do Departamento de Tecnologias da Universidade Estadual Paulista (Unesp).

O especialista afirmou que os estudos não constataram qualquer risco para a saúde pelo consumo da cana. Responsável por desenvolver uma variedade da planta resistente à broca do colmo, praga comum nos canaviais do centro-sul do País, o Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) foi o autor do pedido.

Empregos

De acordo com o diretor executivo da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), Eduardo Leão de Sousa, as 360 usinas sucroalcooleiras do Brasil movimentam, anualmente, R$ 100 bilhões de valor bruto por toda a cadeia. Além disso, geram cerca de 1 milhão de empregos formais diretos e mobilizam 70 mil produtores independentes. “Somos o terceiro segmento na pauta de exportação do agronegócio do Brasil, principalmente no mercado de açúcar, com R$ 14 bilhões em divisas”, disse. “Há impacto em mais de mil municípios.”

A CTNBio é uma instância colegiada multidisciplinar ligada ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). Sua finalidade é prestar apoio técnico-consultivo e assessoramento ao governo federal para formular, atualizar e implementar a Política Nacional de Biossegurança. Agora, a liberação da cana de açúcar segue para registro e avaliação do Ministério da Agricultura.

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