Ele nunca sonhou em ser agricultor, mas o nome do local de nascimento, Terra Boa, no Norte do Paraná, parecia indicar que Walter Toshio Saito teria uma ligação especial com a agricultura. A vocação foi descoberta quase por acaso e por um golpe do destino no outro lado do mundo, dez anos atrás.
Hoje apelidado de Rei da Cebolinha no Japão, com vendas anuais de US$ 3 milhões em hortaliças, Saito tornou-se agricultor depois da crise da bolha imobiliária americana de 2008. À época, a empresa de agenciamento de mão de obra que ele mantinha na terra do Sol Nascente estava endividada e com muitos trabalhadores parados.
Foi então que Saito percebeu uma possibilidade nos terrenos baldios na cidade de Kamisato, na província de Saitama. Ele arrendou as terras e fez parceria “às meias” com os trabalhadores brasileiros, com um diferencial: pesado investimento em maquinários. Saito plantou brócolis, espinafre, berinjela, alface, milho, mas “acertou a mão” mesmo foi no cultivo da cebolinha. E decidiu fazer o ciclo completo: do plantio à colheita, passando pela embalagem e comercialização.
O dekassegui foi um dos palestrantes da Feira Internacional da Mandioca, realizada no mês passado, em Paranavaí, onde revelou que seu objetivo é ser líder na produção de mandioca no Japão. “Se vou produzir a mandioca, vou ser o melhor, vou ser o cara que vai ter que produzir a melhor mandioca, na maior quantidade e o melhor produto”, diz com confiança.
Assista ao vídeo do depoimento de Walter Toshio Saito ao editor Marcos Tosi durante a Fiman 2018.
* O jornalista viajou à Feira Internacional da Mandioca a convite da organização do evento.
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