Apesar de a colheita deste ano ter sido poupada pelas geadas, os produtores de café do Paraná se mantêm longe dos leilões para formação de estoque público. Foram dispensados cinco em cada seis contratos de opção de venda de café do estado no último leilão da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A falta de interesse do setor contrasta com o índice médio de 85,6% de contratos arrematados, no primeiro dos três leilões previstos para este mês.
Apesar de sua participação ter sido pequena – 500 de um total de 10 mil contratos –, o Paraná ajudou a puxar o índice de aproveitamento para baixo. Apenas 80 contratos do estado foram arrematados (cada um de 100 sacas ou 6 toneladas de café).
Os contratos arrematados deram aos produtores opção de venda de café ao preço de R$ 343 por saca em março de 2014 – valor até 20% acima das cotações atuais. Em Minas Gerais e São Paulo, que lideram em produção, não sobrou nenhum dos 7 mil e 1,4 mil contratos ofertados, respectivamente. Os próximos dois leilões deste mês, que garantem preço mínimo a 2 milhões de sacas de café, serão nos dias 20 e 27. A estratégia do país é formar estoque público para elevar os preços internos e rebater queda nas cotações internacionais.
Apoio público
R$ 1 bilhão está sendo destinado pelo governo federal para leilões de café e formação de estoque público.