Arroz é um dos produtos pelos quais chineses e americanos estão se desentendendo.| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

O governo dos Estados Unidos abre uma nova disputa comercial contra a China, quatro dias depois que o governo de Pequim levou aos tribunais da Organização Mundial do Comércio (OMC) uma queixa contra americanos e europeus por se recusarem a reconhecer a China como uma economia de mercado.

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A troca de acusações entre Pequim e Washington confirma o que muitos temem ser um novo período de tensão comercial entre as duas maiores economias do mundo.

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Nesta quinta-feira (15), a Casa Branca pediu a interferência da OMC para julgar as tarifas impostas pelos chineses contra os produtos agrícolas dos EUA. Segundo Washington, as barreiras estariam afetando as vendas de arroz, trigo e milho, com um prejuízo de US$ 3,5 bilhões.

Para os diplomatas americanos, a China estabeleceu cotas e condições de importações que não se justificam e violam os direitos dos exportadores do país. “As políticas chinesas violam seus compromissos na OMC e limitam as oportunidades para que exportadores do setor agrícola dos EUA possam concorrer de forma justa”, afirmou o representante de Comércio da Casa Branca, Michael Froman. Em oito anos do governo de Barack Obama, essa é a 15.ª disputa entre os dois países.

Pequim ataca o fato de que americanos e europeus não reconhecerem a China como uma economia de mercado. O processo na OMC foi aberto menos de 24 horas depois do fim do prazo estipulado há 15 anos para o reconhecimento da China em seu novo status.

No último domingo, concluiu-se o período que a China tinha para reformar sua economia, num acordo estabelecido em 2001 para a adesão à Organização Mundial do Comércio. Em troca, ela insiste que deveria ser reconhecida como uma economia de mercado, posição não compartilhada por EUA, Japão, Europa, Índia, Brasil e diversos outros países.