A safra brasileira em café em 2014 deverá cair para 48,34 milhões de sacas de 60 kg, disse nesta quinta-feira a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em sua primeira estimativa para a nova temporada, em meio a uma redução na produção de arábica, variedade que registrava ciclos de crescimento desde 2005.
A faixa de estimativa da Conab ficou entre 46,53 milhões e 50,15 milhões de sacas para a nova safra. Os números representariam uma redução de 5,4% ou um crescimento de 2,02%, respectivamente, na comparação com a produção de 49,15 milhões de sacas do ciclo anterior.
Em qualquer dos cenários traçados pela Conab, o Brasil deverá reduzir sua produção de café arábica em 2014, que deveria ser um ano de alta produtividade no ciclo bianual dos cafezais.
A estimativa média da Conab para a variedade --que representa 75% da produção brasileira-- é de 36,3 milhões de sacas (intervalo entre 35,07 e 37,53 milhões sacas).
A redução da safra de arábica ante 2013 pode variar de 2% a 8,4%.
Um dos motivos para a queda é uma redução prevista de 61 mil hectares de produção de arábica este ano, disse a Conab.
A queda também é atribuída à "inversão da bienalidade em algumas regiões, aliada ao menor investimento nas lavouras, reflexo da descapitalização dos produtores, decorrente dos baixos preços do café."
A produção da variedade robusta deve atingir 12,04 milhões de sacas (ponto médio entre 11,46 milhões e 12,62 milhões de sacas), com um crescimento entre 5,46% 16,15%.
"Este resultado se deve, sobretudo, à recuperação da produtividade, que na safra anterior sofreu com a forte estiagem, e ao crescimento da área em produção, principalmente no estado do Espírito Santo, maior produtor da espécie", disse o relatório da Conab.