Conab promete comprar feijão do Paraná a preço mínimo

Os produtores de feijão de cor, o carioquinha, do Paraná devem ter um alívio nas próximas semanas. A Companhia Nacional do Abastecimento (Conab) confirmou a comprar de 35 mil toneladas do produto do pequenos e médios agricultores do estado, com a garantia do pagamento do preço mínimo - R$ 95,00 a saca de 60 quilos. A variedade carioquinha é a mais cultivada no país e também no Paraná, o maior produtor nacional.

Atualmente, diante da grande oferta do grão, reflexo da produção estadual 31% maior em relação à anterior, os preços pagos aos agricultores despencaram. Em algumas regiões, o produtor de feijão recebe cerca de 20% abaixo do preço mínimo. Em outras, a situação é ainda mais complicada, com o pagamento de R$ 65 pela saca de 60 quilos, valor que não cobre nem os custos de produção.

A Conab vai absorver parte do excedente por meio da operação de Aquisição do Governo Federal (AGF), serão aplicados R$ 101 milhões na aquisição de 64 mil toneladas de feijão da agricultura empresarial e mais R$ 57 milhões para compra de 31,6 mil toneladas da agricultura familiar. O Paraná será o maior beneficiado com a compra do produto. Do total de 95 mil toneladas, incluindo agricultura empresarial e agricultura familiar, 35 mil toneladas serão no estado.

“A aquisição traz ajuda ao produtor. É uma quantidade considerável. Vamos aguardar para verificar se precisaremos pedir de novas operações”, comemora Norberto Ortigara, secretario de agricultura do Paraná.

Segundo a programação da Conab, na agricultura empresarial, 20,5 mil toneladas de feijão serão compradas no estado de Goiás, 600 toneladas em Minas Gerais, 16 mil toneladas no Paraná, 13,7 mil toneladas em Santa Catarina e 13,6 mil toneladas em São Paulo. A compra será limitada em 750 sacas por produtor nas regiões Norte, Sudeste e Sul. Para os produtores da região Centro-Oeste, o limite será de 1 mil sacas e para o Nordeste, de 100 sacas.

No segmento familiar, o limite será até 100 sacas por produtor em qualquer região, com a previsão de 650 toneladas em Goiás, 650 toneladas em Minas Gerais, 19 mil toneladas no Paraná, 6,4 mil toneladas em Santa Catarina e 5 mil toneladas em São Paulo.