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Após rosa, crisântemo é a flor mais produzida no planeta, | Naonobu Noda/divulgação
Após rosa, crisântemo é a flor mais produzida no planeta,| Foto: Naonobu Noda/divulgação

Após treze anos de pesquisas genéticas, cientistas japoneses conseguiram produzir em laboratório um genuíno crisântemo azul. A flor foi obtida com manipulação do DNA de três espécies: o próprio crisântemo, a campânula e a flor-de-feijão (ou cunhã).

A conquista abre caminho para que outras flores, como cravos e margaridas, possam ser geneticamente pintadas de azul, uma cor rara no jardim da natureza, onde os tons mais próximos encontrados são variações de violeta e roxo. O crisântemo japonês foi reconhecido como “verdadeiro azul” pela tradicional Sociedade Real de Horticultura da Grã-Bretanha, fundada em 1804.

As pesquisas anteriores tentavam criar o crisântemo azul implantando apenas genes de campânula, o que acabava produzindo flores de tom violeta. O segredo foi adicionar genes de uma segunda planta, a flor-de-feijão.

Para os japoneses, o avanço científico tem um significado especial, já que o crisântemo é a flor-símbolo do país, à qual se dá, inclusive, veneração divina. O trono do imperador é conhecido como “Trono do Crisântemo” e a “Ordem do Crisântemo” é a mais elevada condecoração japonesa. No Brasil, os crisântemos têm um significado completamente diverso, sendo bastante usados em coroa de flores para representar pêsames. Na América Central, por outro lado, presentear alguém com crisântemo é o mesmo que fazer uma declaração de amor.

Por ser uma planta geneticamente modificada, o crisântemo azul ainda terá de passar por uma série de testes antes de ser liberado para comercialização. Uma das preocupações é evitar a possibilidade de cruzamento com crisântemos comuns. O projeto “Crisântemo Azul” foi desenvolvido por cientistas da empresa Suntory e do Instituto de Ciências de Flores e Vegetais da cidade de Tsukuba. O resultado da pesquisa foi publicado no jornal científico americano Science Advances.

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