A máxima de que o agronegócio perde competitividade da porteira para fora também vale para a silvicultura. O setor critica o alto custo com o frete da madeira até os portos, bem como as dificuldades em direcionar a produção para outros países. “O custo para transportar um contêiner de madeira da região de Fraiburgo (SC) até o Porto de Itajaí (SC) é o mesmo custo para levar essa carga do terminal catarinense até os Estados Unidos”, compara o diretor da Tree Florestal, Marco Tuoto.
Tuoto também faz ressalvas a limitação na capacidade portuária. Fatores como a capacidade de armazenagem das cargas e a disponibilidades de rotas de escoamento são considerados insuficientes, pontua. “Às vezes sai mais barato mandar uma carga que saiu do Paraná pelos portos de Santa Catarina, o que é um contrassenso”, diz.
O escoamento das cargas depende de uso intensivo de estradas rurais, onde a condição nem sempre é favorável, avalia o setor. Na região de Bituruna (Centro-Sul), a Remasa Reflorestadora, vinculada ao grupo Tree, está investindo R$ 400 mil em parceria com o setor público para garantir a reforma de 51 quilômetros de estradas de terra. “É uma despesa elevada. O custo de uma estrada é de R$ 80 mil por quilômetro, e a reforma exige R$ 20 mil por quilômetro”, aponta o gerente florestal da empresa, Edson Serpe. Em dias de chuva muitas vezes o trabalho de corte das árvores é suspenso em virtude da dificuldade de entrada dos caminhões, acrescenta.
Além das dificuldades logísticas, o custo de produção é pressionado pelo controle de outras variáveis, como prevenção à incêndios criminosos, restrição à caça nas áreas de plantio e precaução quanto ao roubo de toras.
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