Ao ampliar suas apostas no plantio de erva-mate entre espécies como bragatinga, pinheiro ou eucalipto ou em áreas sombreadas por plantas nativas, o Paraná ganhou referência em produção e conquistou paladares de gaúchos e uruguaios, tradicionais consumidores do chimarrão e tererê. O produto colhido da Região Centro-Sul do estado, em municípios como São Mateus do Sul, tem sabor refinado, segundo os especialistas.
A recomendação dos técnicos é que os novos plantios sejam em sombreamento. Sol, somente em 50% do dia. Além disso, tem crescido o uso da erva-mate como matéria-prima na indústria farmacêutica, de cosméticos e também chás.
O coordenador do projeto Erva-Mate na Emater, Jorge Zbigniew Mazuchowski, afirma que os índices atuais de produtividade ainda estão aquém do potencial das árvores. “A nossa produtividade está entre 5 quilos a 10 quilos por árvore por ano. A árvore tem potencial pra produzir o triplo. Mas poucos produtores investem em manejo adequado, adubo.”
Dono de indústria ervateira, Antônio Fagundes Schier, 65 anos, mantém 1 mil hectares com erva-mate em Guarapuava, onde colhe 3 toneladas/ha por ano. Sua empresa atende Paraná, São Paulo e Rio Grande do Sul. Para ele, a erva-mate não tem safra e não possui variedades. O que diferencia as plantas são as características geográficas da região de cultivo.
80 pessoas trabalham numa indústria abastecida por 1 mil hectares de erva-mate. Elas podam os arbustos, colhem as folhas, tiram os galhos e fazem a manutenção da plantação com facões e tesouras especiais.
-
Impasse sobre guerras ofusca agenda de Lula no G20 para combater a fome e taxar super-ricos
-
Após críticas de Maduro, TSE desiste de enviar observadores para as eleições da Venezuela
-
Decisão do STF de descriminalizar maconha gera confusão sobre abordagem policial
-
Enquete: na ausência de Lula, quem deveria representar o Brasil na abertura da Olimpíada?