Sábado de carnaval. Apenas na região de Curitiba e arredores, quase 1,5 milhão de veículos devem transitar pelas BRs 116 (no contorno leste), 376 e 101 durante o feriado. Para alimentar todo esse pessoal, o Instituto Brasileiro do Feijão (Ibrafe) tem uma sugestão, seja para quem vai almoçar na estrada ou até mesmo nas cidades: se alimentar da leguminosa e postar a foto nas mídias sociais, como Facebook e Instagram, com as hashtags #GlobalPulseDay ou #LovePulses.
O motivo é a realização, neste dia 10 de fevereiro, do terceiro Dia Global dos Pulses, como são conhecidas internacionalmente leguminosas secas, como feijão, lentilha, ervilha e grão-de-bico. Parece estranho? Nem tanto: a ideia é incentivar o consumo global desses alimentos devido ao valor nutricional.
O movimento em torno desses alimentos foi organizado pela Confederação Global das Pulses. Logo na primeira edição da chamada “Pulse Feast”, há dois anos, envolveu 21 milhões de pessoas em 36 países. A data marcou o Ano Global das Pulses, com a chancela da ONU, em 2016. No ano passado, até o McDonald’s entrou na “brincadeira”.
“O Ibrafe representa a confederação no Brasil. Eles têm trabalhado junto à ONU para que a FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura) declare o dia mundial das pulses porque as leguminosas acompanham o ser humano ao longo da história. Além disso, nutricionistas, nutrólogos e médicos as recomendam para todos os tipos de dietas”, justifica o presidente do Ibrafe, Marcelo Luders.
Mais que feijão preto ou carioca
No Brasil, o especialista explica que a ideia é chamar a atenção dos jovens por conta do alto consumo de fast food e mostrar que não existem apenas dois feijões, os populares feijão preto e carioca. “Eventos como esse são uma oportunidade para chefs de cozinha prepararem diferentes pratos”, incentiva. Esse é o caso do Restaurante Quintana, em Curitiba, que incentiva o consumo de alimentos orgânicos e saudáveis.
“Vamos aproveitar esse dia para servir dez pratos diferentes [com pulses]. Temos uma salada com cinco variedades de feijões, acompanhados por amendoim”, ilustra a chef do restaurante, Gabriela Vilar de Carvalho. A empreendedora conta que abriu o estabelecimento após uma imersão no exterior e em diferentes aspectos da cultura brasileira, e garante: “As leguminosas são o equilíbrio entre a fome e a obesidade”.
Feijão na estrada
Os feijões servidos por Gabriela costumam vir de Palmeira, há menos de 100 km de Curitiba, cultivados pelo produtor Roberto Gurski. “Ele produzia duas variedades, agora tem 12”, conta a chef. E também no município, às margens da BR 277, fica uma referência no assunto: o restaurante Girassol, outro estabelecimento envolvido no Pulse Day.
“[O local] é considerado por vários degustadores como o melhor feijão preto do Brasil, e vão preparar um feijão especial”, afirma Marcelo Luders.
Inaugurado em 1982, o restaurante é administrado por Rosane Radecki de Oliveira, filha dos fundadores Polan e Gabriela Radecki. “Nosso diferencial é o cozimento lento, e nessa época consigo servir o feijão orgânico. Muitas mães falam que o filho só come feijão aqui”, brinca Rosane. Ela conta que o restaurante vai incentivar o dia do feijão nas redes sociais e mostra, com orgulho, o mural do restaurante com fotos dos produtores que realizam o cultivo na região, e fornecem o produto para o Girassol.
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