Geada negra, falta de chuva e altíssimas temperaturas. Definitivamente, este não foi o ano do café no Paraná. A cultura, que vem perdendo área ano a ano no estado, deve ter produção 67% inferior à registrada no ano passado, conforme estimativa da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab). Se não houver mais nenhum contratempo, o estado deve colher 32,99 mil toneladas do produto, o equivalente a 550 mil sacas de 60 quilos.
No ano passado, a produção paranaense rendeu 99,7 mil toneladas, ou 1,6 milhão de sacas. Em janeiro deste ano, a Seab calculava que a produção estadual seria de 39 mil toneladas (650 mil sacas).
A quebra na produção brasileira – Minas Gerais também registra perdas – fez os preços do produto dispararem na Bolsa de Nova York e também no Brasil. Em novembro de 2013, a saca era cotada a R$ 203 no Paraná. Na última semana, o preço subiu para R$ 343 por saca. A recomendação dos analistas é de que os produtores façam vendas escalonadas, aproveitando o momento atual para fechar alguns lotes, mas também guardando parte da produção para comercializar em outras eventuais oportunidades.
“A sequência altista depende do clima e do tamanho do estrago causado pela estiagem. Ninguém sabe ao certo as perdas nas lavouras”, diz o analista Gil Barabach, da Safras & Mercado.
Espaço reduzido
75% é o tamanho da queda na área plantada com café no Paraná somente nos últimos quatro anos. O fruto, que na safra 2008/09 ocupava 97,6 mil hectares no estado, na safra atual conta com terreno de 34,7 mil hectares.
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