A crise do feijão se agravou no Sudoeste do Paraná, alertou ontem a Federação da Agricultura do Paraná (Faep). A entidade aponta que parte da colheita, que enfrentou excesso de umidade, está sendo entregue a R$ 10 por saca, valor que os produtores consideram insignificante.

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O governo federal não está garantindo preços mínimos a esses produtores, apesar de ter acionado mecanismos de intervenção. As cotações oficiais são de R$ 95 para o feijão de cor (carioca) e de R$ 105 para o preto. No entanto, a saca (60 quilos) está valendo bem menos, mesmo quando tem boa qualidade, confirma o Departamento de Economia Rural do Paraná (Deral).

Em Francisco Beltrão (Sudoeste), os preços mais comuns praticados ontem eram R$ 45/sc para o carioca e R$ 65 para o feijão preto, conforme o Deral. O feijão de qualidade valia apenas R$ 30 e R$ 65, respectivamente. Existem agricultores recebendo menos da metade do preço mínimo.

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Mesmo em regiões produtoras com logística privilegiada, o grão não alcança o preço mínimo. Em Ponta Grossa, o feijão carioca valia ontem R$ 100 por saca no mercado físico – R$ 5 a menos do que o mínimo, uma referência também do valor necessário para cobertura dos custos.

Queda brusca

56% de queda no preço do feijão de cor e 32% de baixa na cotação do feijão preto, na comparação com agosto de 2013, deixam o setor no prejuízo.