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A silvicultura se torna um negócio cada vez mais atrativo graças à mais elementar das regras econômicas: a procura por madeira supera a oferta. Segundo estimativas do setor, nos últimos cinco anos o Brasil deveria ter plantado 600 mil hectares anuais de florestas para atender à demanda, mas não passou dos 500 mil hectares anuais. O patamar ideal de plantio só foi atingido em 2005.

O país soma 5,5 milhões de hectares plantados com eucalipto e pinus e a indústria consumiu em 2004 130 milhões de metros cúbicos. "Não existe hoje a falta física do produto, mas estamos comprometendo o fornecimento futuro", afirma Marco Tuoto, gerente da consultoria florestal STCP.

Com 600 mil hectares de florestas plantadas, o Paraná é um dos principais pólos nacionais da indústria de base florestal. Os produtos desse segmento (madeira, papel e celulose) são o terceiro item da pauta de exportação do estado, com embarques que totalizaram US$ 964 milhões de janeiro a setembro de 2005. Em 2004, o setor respondeu por 7% das exportações brasileiras.

Para Luiz Carlos de Toledo Barros, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente (Abimci), o problema atual não é o baixo estoque de florestas, mas a sua concentração nas mãos das grandes indústrias de papel e placas de madeira. Além da alta de preço da matéria-prima, as empresas exportadoras sofrem com a desvalorização do dólar. Muitas estão sucumbindo à crise.

Um exemplo é a Emílio B. Gomes, de Irati, da qual Barros é diretor. Até fevereiro, a empresa demitirá os 300 funcionários, encerrando suas atividades no Paraná, onde não possui mais reservas próprias. (VD)

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