“Papinha” para os bezerros desmamados

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Pecuária

Uma ração especial para bezerros chega ao mercado a partir da 76ª Expozebu, que começa amanhã e segue até 10 de maio em Uberaba (MG). O diferencial são leveduras que favorecem a ruminação e evitam diarréia. A "papinha" Gadotec B-Max foi desenvolvida pela Guabi para bezerros de corte elite do nascimento ao desmame (entre o 6º e o 8º mês). Já havia ração da empresa para complementar a amamentação a partir do 2º mês. O novo produto tenta atender à fase em que o bezerro deixa o leite. Tem 19% de proteína bruta, fibras, vitaminas e minerais. O cromo orgânico aumenta a tolerância a amido, de fontes como milho, eleva a imunidade e favorece o ganho de peso, diz a indústria.

Seguro: Produtor sai ganhando reclamatórias do proagro

Três em cada quatro decisões sobre não-pagamento de Proagro foram favoráveis aos produtores reclamantes, conforme a 5.ª turma de julgamento de recursos ao Programa de Garantia da Atividade Agropecuária. Os recursos são de produtores que tiveram suas indenizações impugnadas ou obtidas parcialmente. Na reunião, foram julgados 250 processos do Paraná e Santa Catarina – 50% de trigo, 35% milho, 10% soja e 5% feijão. Os julgadores consideraram que a maioria dos produtores tiveram perdas reais com estiagens, períodos de chuva excessiva e geada, apesar da dificuldade para comprová-las. As decisões serão publicadas no Diário Oficial da União e só depois terão efeito junto aos agentes financeiros.

Aftosa: Em dúvida sobre a idade do bezerro, a ordem é vacinar

Começa oficialmente sábado a campanha de vacinação do gado contra a febre aftosa no Paraná. Os criadores devem imunizar os animais de até 2 anos durante maio. Os mais velhos, já vacinados em novembro, podem ficar de fora. A Divisão de Defesa Sanitária Animal (DSA) da Secretaria Esta­­dual da Agricultura e Abaste­­cimento (Seab) estima que há 4,6 milhões de cabeças de bovinos e bubalinos com menos de 2 anos no Paraná. O número de animais com mais de 2 anos é praticamente igual. O técnico Marco Antonio Teixeira Pinto, chefe da DSA, diz que, em caso de dúvida sobre a idade do animal, é melhor vacinar. Ele afirma que todos os animais precisam estar prontos para testes de laboratório que confirmem a vacinação no segundo semestre. Se algum animal não estiver imune, o produtor será multado, alerta. A partir do ano que vem, o estado quer se tornar área livre da aftosa sem vacinação.

Irrigação: Monitor promete economia de água e mais produtividade

Do Nordeste para o Sul. O Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (Cesar) está chegando ao mercado do Paraná com um monitor que promete evitar desperdício de água e viabilizar a irrigação agrícola. O aparelho controla o funcionamento de pivôs centrais, normalmente instalados em local distante da administração da fazenda. Excessos podem ocorrer quando não há um funcionário atento avaliando o sistema. A nova tecnologia permite o controle do pivô pelo telefone celular. Segundo o Cesar, o controle gera também ganho de produtividade, independente da cultura em questão. Informações: www.cesar.org.br.

Inverno: Chuvas ajudam plantio de trigo (foto 1)

O clima úmido dos últimos dias beneficiou os triticultores que, apostando em previsões de chuva, jogaram sementes na terra na semana passada. O plantio havia perdido ritmo nos últimos diaspor causa do tempo seco em algumas regiões. A área plantada pode chegar a 20% nesta semana, graças ao trabalho adiantado nas regiões de Londrina e Maringá. A avaliação é da Secreta­ria Estadual da Agricultura (Seab), que prevê redução de 12% na área do cereal neste ano, de 1,31 para 1,15 milhão de hectares. Os triticultores paranaenses ainda têm perto de 500 mil toneladas da safra passada para vender. Eles esperam melhora nos preços, ou precisarão de ajuda do governo para alcançarem preço mínimo.

Fruticultura: Maçã é referência para expansão do seguro agrícola (foto 2)

O governo federal está tomando a maçã como referência para incentivo à contração de seguro agrícola. Altamente sensível ao clima, a fruta toma 10% dos recursos públicos oferecidos para ajudar no pagamento de seguros. Para o governo, essa cultura de contratação de seguros deveria servir de referência para outros setores. Os produtores de frutas estão entre os que mais recorrem ao seguro rural. Em 2009 a subvenção no setor ultrapassou R$ 50,5 milhões, segundo o coordenador-geral do Seguro Rural do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abas­­tecimento (Mapa), Eustáquio Sant’Ana. Maçã e uva foram as lavouras mais seguradas, com subvenções de R$ 25,9 milhões e R$ 13,9 milhões, respectivamente. "Apenas a maçã corresponde a 10% do total subvencionado (que em 2009 chegou a 259,6 milhões)", afirma Sant’Ana.