Com a preocupação em reduzir custos de produção e garantir mai-or eficiência ao processo, cresce no país a opção por terceirizar a mecanização da lavoura. No Paraná a prática ainda é pouco comum e a-dotada principalmente na colheita.
Mas há quem contrate todo o manejo. É o caso do produtor Anton Gora, da cooperativa Agrária, de Entre Rios (Oeste). Na safra 2006/07 ele contratou os serviços de plantio, pulverização, colheita e transporte da produção obtida nos 65 hectares de milho e 160 de soja. Gora diz que consegue reduzir o custo total de produção em 15%.
O agricultor paga ao dono do maquinário 16% da produção obtida. Ele divide o risco com o prestador de serviços ao mesmo tempo em que reduz seu custo de mecanização. "Outra vantagem é que a operação especializada traz maior segurança e produtividade", explica.
Capacitação
Na contração do serviço ou na operação e manutenção de suas próprias máquinas, o produtor esbarra num problema de qualificação. Não basta ter ou contratar um bom maquinário. É preciso ter um operador preparado para conduzir e cuidar do equipamento, mão-de-obra muitas vezes escassa.
A necessidade de reduzir custo e ganhar produtividade faz com que esse profissional seja cada vez mais requisitado. Para atender à crescente demanda, há 15 anos anos o Serviço Nacional de Apren-dizagem Rural (Senar) oferece no Paraná curso de operação, regulagem e manutenção de tratores, colheitadeiras e implementos. Já passaram pela formação 79,5 mil alunos. O objetivo do curso é capacitar os participantes a empregar técnicas corretas de mecanização.