“O Brasil está no radar de meu país, sendo prioridade dentre as alternativas para a importação de alimentos, especialmente depois que deixamos de fazer parte da União Europeia (UE)”, afirmou o embaixador britânico, Alexander Ellis, durante encontro com o presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins. Para o diplomata inglês, a Inglaterra reconhece a qualidade e a sanidade da carne produzida no Brasil.
Segundo Ellis, depois de 43 anos atuando dentro da UE, o país vislumbra novas relações comerciais do Reino Unido com o Brasil. Um dos projetos que serão desenvolvidos em parceria com o governo brasileiro será voltado para pequenos e médios produtores, um programa que já existe na Inglaterra. Outros programas serão voltados para as áreas de sustentabilidade e de preservação do meio ambiente.
Além disso, outra possibilidade de colaboração entre o Brasil e o Reino Unido, segundo Martins, seria desenvolver projetos para a recuperação de solos degradados. Segundo Martins, o Brasil poderá, no médio prazo, recuperar mais de 60 milhões de hectares de áreas degradadas, tornando-as aptas para o plantio e aumentando a produção de grãos.
No final de julho, o Brasil já havia fechado um entendimento com a União Europeia (UE) para aumentar as cotas de importação de carne de frango e de peru in natura (fresca e congelada) e açúcar, o que beneficiará as exportações brasileiras. Essa alteração é uma compensação pela entrada da Croácia no bloco europeu, já que as condições de acesso ao mercado croata eram mais favoráveis ao Brasil.
A exportação de carne de frango será acrescida de 4.766 toneladas e de peru, de 610 toneladas, com tarifa zero dentro do limite da cota. Já o açúcar será beneficiado com duas cotas, uma destinada aos produtores da Região Nordeste que terá um acréscimo de 78 mil toneladas. A outra cota é de 36 mil toneladas, volume que poderá ser utilizado pelo Brasil ou por qualquer país exportador de açúcar.
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