As autoridades sanitárias paraguaias confirmaram, nesta terça-feira (3), uma recorrência do surto de febre aftosa no departamento (estado) de San Pedro, 400 km ao norte de Assunção, quatro dias depois de o governo suspender o estado de emergência declarado por causa de um foco detectado na mesma região, em setembro passado.
"Foi confirmada a recorrência de febre aftosa e o resultado positivo dos testes foi informado à Organização Internacional de Saúde Animal (OIE, organismo internacional encarregado de epizootias)", disse o presidente do Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Animal (Senacsa), Daniel Rojas, durante entrevista coletiva.
O Paraguai, um dos 10 maiores exportadores de carne do mundo, suspendeu as exportações em setembro e se preparava para retomá-las para Brasil, Rússia e Venezuela.
As autoridades determinaram nesta terça-feira o sacrifício de 150 bovinos pertencentes a um fazendeiro da região de San Pedro.
O foco foi registrado a 30 km de outra fazenda, onde foi detectado um primeiro surto, em 18 de setembro de 2011. Na ocasião, o Senacsa determinou o sacrifício de mil cabeças e pagou indenização ao proprietário.
Desta vez, a instituição decidiu não compensar o dono dos animais, que foi identificado como um comprador de gado.
Néstor Núñez, presidente da Associação Rural do Paraguai (ARP), pediu uma "punição exemplar" para o comerciante de carne bovina.
Com a crise da aftosa, em setembro, o Paraguai exportou 150.000 toneladas em 2011 no valor de 700 milhões de dólares, sensivelmente menos do que as 215.000 toneladas de 2010 por US$ 900 milhões.
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