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O analista técnico-econômico da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar) Robson Mafioletti, que acompanha a Expedição, compara a situação do Paraguai com a do Paraná, que também chegou a ter sua safra ameaçada pelo excesso de umidade. "À medida que a colheita da soja avança no Oeste do Paraná, avança também no Paraguai e vai confirmando que o impacto das chuvas não foi tão severo quanto se previa ", constata.

Ramón Gauto, coordenador de desenvolvimento rural da Federação de Cooperativas de Produção (Fecoprod), explica que a expectativa de superação se sustenta não só em bons rendimentos, mas também no aumento da área destinada à soja no Paraguai. "Houve expansão na região central e, principalmente, no norte e nordeste do país", cita.

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Após um susto com as chuvas no início de 2011, o clima voltou a colaborar e a expectativa é de safra cheia, relata Gauto. Segundo ele, até o mês passado havia temor que a umidade prejudicasse não só a produtividade das lavouras, mas também a qualidade dos grãos. Uma trégua nas precipitações desde meados de fevereiro, entretanto, colocou a safra nos eixos novamente e reascendeu a esperança de boa produção neste ano. "Só quem colheu com alta umidade deve confirmar algum prejuízo. Mas será coisa pontual e não haverá grandes perdas."

Para Derlis Torales, diretor técnico da Cooperativa Iguazu, no departamento de Alto Paraná, a safra de soja 2010/11 dos seus associados deve, ao menos, igualar a marca do ciclo anterior, de 43 mil toneladas. Ele avalia que, se o clima continuar colaborando com o desenvolvimento da safra, a produção da cooperativa tem potencial para ultrapassar também o recorde registrado em 2007/08, de 56 mil toneladas.