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Paraná bate à porta da China

Agroexportação (foto 1)Após visita oficial à China, o secretário estadual da Agricul­tura e do Abastecimento, Erikson Camargo Chandoha, disse que o estado tem características que facilitam a ampliação das exportações aos chineses. Da predominância da agricultura familiar, comum também no país asiático, à preocupação com a sustentabilidade, expressa pelas cadeias dos alimentos orgânicos e do frango, há muito a oferecer para a China, defende Chandoha. Ele relata ter aberto a oportunidade de intercâmbio em pesquisas nas áreas da agricultura, pecuária e florestas com a Uni­versidade Agrícola e a Academia de Agricultura da província de Zhejiang. Professores e técnicos do Paraná poderão atuar em conjunto com pesquisadores chineses. Os interessados devem encaminhar propostas para a Secretaria Estadual da Agri­cultura, anunciou.

Sobram 25% dos R$ 15 bilhões previstos para agricultura familiar

Dos R$ 15 bilhões disponíveis para aplicação no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) na safra 2009/10, R$ 11,2 bilhões foram utilizados, ou seja, menos de 75% do total. O levantamento, baseado em números do próprio governo, foi divulgado na última semana pela Federação da Agricultura do Paraná (Faep). Para a agricultura empresarial estavam programados R$ 93 bilhões em financiamentos para produtores e cooperativas, mas 90,8%, ou seja, R$ 84,4 bilhões foram realmente aplicados. Os principais entraves que explicam esse fenômeno, segundo a Faep, são o endividamento do setor agropecuário aliado a um cenário de preços ruins para os produtores. O setor reclama ainda que as linhas de financiamento são incompatíveis com a realidade de algumas atividades e defende que o modelo de crédito rural precisa de mudanças estruturais.

Líderes em soja produzem 72% mais que a média (foto 2)

Os cinco vencedores do concurso nacional de produtividades na soja, realizado pelo Comitê Estratégico Soja Brasil (Cesb), serão revelados na quarta-feira da próxima semana, dia 18. O comitê foi criado há dois anos para estimular o uso de tecnologia no cultivo da oleaginosa. Esta é a segunda edição do Desafio Nacional de Máxima Produtividade, que conta com 800 inscrições. Os 20 melhores projetos incrementaram sua produtividade em 72% em relação à média brasileira, adianta o Cesb. Para os pesquisadores que participam do comitê, o Brasil pode passar da média atual de 2,9 mil quilos por hectare, a mesma alcançada nos Estados Unidos, para a de 4 mil quilos por hectare aperfeiçoando o manejo e melhorando o uso das tecnologias disponíveis. Os cinco vencedores serão anunciados em Brasília e ganharão uma viagem técnica a regiões agrícolas dos Estados Unidos.

Déficit comercial no leite põe produção local em risco

O déficit na balança comercial de lácteos chegou a US$ 70,5 milhões no acumulado do primeiro semestre deste ano. O valor é 38,1% superior ao saldo negativo de US$ 51,1 milhões acumulado nos primeiros seis meses de 2009, alerta a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). A presidente da organização, a senadora Kátia Abreu (DEM-TO), aponta que houve aumento das importações de leite UHT (leite de caixinha) e de soro de leite, principalmente do Uruguai. O Rio Grande do Sul, segundo maior produtor brasileiro de leite, é o estado que mais sofre a competição com a pecuária uruguaia. "Câmbio desfavorável, com a moeda nacional sobrevalorizada em relação ao dólar, e alta incidência de impostos são os principais fatores que reduzem a competitividade da pecuária de leite brasileira no atual momento", critica Kátia Abreu. O Brasil importou, no primeiro semestre de 2010, 4,31 milhões de litros de leite UHT, um aumento de 60% na comparação com igual período do ano anterior. Desse total, parcela de 61,4% veio do Uruguai.

Dívidas acumuladas pesam mais no bolso do produtor

A dívida acumulada pelos produtores nos últimos seis anos, por conta da política cambial e dos problemas climáticos, não foi resolvida em 2009/10. O governo federal vem autorizando os bancos a diluirem o passivo nas parcelas dos anos seguintes sem levar em conta a capacidade de pagamento dos produtores. A cada safra problemática, a questão vem sendo empurrada para o ano seguinte, informa a Federação da Agricultura do Paraná (Faep). A entidade defende que o problema seja analisado de forma abrangente, para que o produtor recupere capacidade de crédito e possa atuar com mais tranquilidade. As últimas estimativas são de que o produtor brasileiro deve R$ 87 bilhões em financiamentos prorrogados. Neste ano, serão disponibilizados R$ 100 bilhões para a agricultura empresarial e R$ 16 bilhões para a familiar, conforme o Plano Agrícola e Pecuário 2010/11.

60% dos países do mundo comem frango paranaense (foto 3)

Pelo menos 120 países do planeta – seis em cada grupo de dez – consomem frango do Paraná. A informação é do banco de dados do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas dos Paraná (Sindiavipar). A instituição dedicou a capa da revista Avicultura deste mês ao tema. Dos 477 milhões de quilos de carne exportados no primeiro semestre, 65% vão para dez países: Arábia Saudita, Hong Kong, Emirados Árabes Unidos, Kwait, Egito, Japão, Venezuela, Holanda, África do Sul e Alemanha. O setor quer ampliar as vendas para os demais, entre eles a China, grande aposta. O presidente do Sindiavipar, Domingos Martins, afirma que o Paraná se tornou especialista em atender exigências de qualidade, de sanidade e culturais, que determinam inclusive o modo de abate.

Consumidor fica sem orientação sobre regularidade da indústria

Três indústrias de frango foram autuadas pelo Ministério da Agricultura na última semana por venderem frango com mais de 6% de água nas embalagens – Copacol (PR), Brasil Foods (unidade de SC) e Rigor Alimentos (SP). As empresas negam irregularidades e dizem que os testes é que estavam errados. A proibição da venda durou entre uma e duas semanas, conforme o governo. As empresas informam que tanto a produção quanto a comercialização não foram interrompidas e que realizaram contraprovas para derrubar os testes oficiais. O consumidor ficou sem saber quem realmente tinha razão. Na dúvida, evitou comprar essas marcas. Na útlima semana, no supermercado Extra 24 horas, do Alto da XV, em Curi­tiba, a prateleira do frango Copacol era a única superlotada. A indústrai ainda faz um levantamento sobre o tamanho do impacto nas vendas. O Mapa informa que continuará monitorando todos os frigoríficos para combater a adição de água como meio de aumentar o peso do alimento.

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