O agricultor Leandro Ricci, de Mamborê, no Centro-Oeste do Paraná, foi o campeão do 1º Desafio Nacional de Produ­ti­vidade Máxima do Conselho Estratégico Soja Brasil (Cesb), na categoria Não Irrigada. Em uma área experimental de oito hectares, ele obteve rendimento médio de 6,5 mil quilos/ha, resultado 123% acima da média brasileira na última safra. "Adensei mais as plantas e não plantei em linha reta para distribuir melhor as sementes por hectare", conta. No restante de sua lavoura, Ricci obteve produtividade de 4,2 mil quilos/ha. Na categoria Irrigada, o produtor paulista Claudio Lopes Nunes, de Itapetininga, foi o vendedor. Em seis hectares, ele colheu média de 5,3 mil quilos/ha. Ao todo, mais de 800 produtores de 12 estados se inscreveram na premiação. Os 20 melhores projetos incrementaram sua produtividade em 72% em relação à média do Brasil na safra 2009/2010. Os recordistas brasileiros em produtividade de soja foram anunciados pelo Cesb em evento realizado em Brasília na semana passada.

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Cereal importado continua com preços elevados (foto 1)

Os preços do trigo importado ainda continuam muito acima dos preços do cereal nacional. Levan­tamento da Fênix Consultoria mostra que a tonelada do trigo-pão nacional vale hoje cerca de R$ 500,00 (CIF São Paulo), 34,33% abaixo da cotação do produto canadense (R$ 761,39). Em relação ao trigo duro americano, cotado a R$ 673,37, o cereal nacional está 25,75% abaixo. O trigo argentino chegaria a São Paulo a R$ 552,68, contra R$ 500,00 do produto nacional.

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Rússia não planeja importar, apesar da queda da colheita

A Rússia, afetada por uma seca sem precedentes, não tem a intenção de importar cereais este ano, apesar da queda esperada da colheita do produto, declarou na semana passada um porta-voz do ministério da Agricultura, Oleg Aksenov, desmentindo assim informações da imprensa no sentido contrário. Na véspera, o jornal econômico russo Vedomosti havia informado que a Rússia poderá importar ao menos 5 milhões de toneladas de cereais, em particular do Cazaquistão, em 2010/11. "Não temos a intenção de importar cereais, e não mantemos nenhuma negociação com o Cazaquistão", disse Aksenov. Terceiro exportador mundial de trigo, a Rússia decretou a suspensão das exportações do grão e de produtos derivados a partir de meados de agosto, em função da queda das colheitas. As estimativas para a safra de trigo deste ano foram reduzidas pelo governo russo a 70-75 milhões de toneladas, ao invés da média anual de 90 milhões, segundo a agência RIA Novosti. O país exportou no ano passado 21,4 milhões de toneladas de cereais.

Com quebra na Rússia, Egito negocia importação da Argentina

Desde que a estiagem obrigou a Rússia a suspender a exportação de trigo até o final de 2010, o maior comprador mundial, o Egito, está escolhendo quem será o fornecedor substituto. Por enquanto, a Argentina é o mais provável, anunciou o ministro egípcio do Comércio, Rachid Mohamed Rachid, na semana passada. Ele afirmou que o país tem intenção de importar 6 milhões de toneladas entre 2010 e 2011, que substituiria a quantidade de trigo russo que havia sido definida antes da suspensão. O ministro disse que está dialogando com autoridades do governo e do setor privado argentinos há duas semanas, desde que esteve no país para assinar o acordo de livre comércio com o Mercosul, no início do mês. "Segundo ele, as importações poderiam começar "com a próxima colheita". Quando questionado se o Egito considerava como possíveis novos exportadores os Estados Unidos, a França e o Canadá, Rachid disse apenas que "há sete ou oito fornecedores de trigo em âmbito mundial. A Argentina é um deles, é um grande fornecedor". O Egito consome cerca de 14 milhões de toneladas de trigo por ano e depende de importações para atender cerca da metade de suas necessidades.

McDonald´s busca fornecedores de carne angus no Brasil (foto 2)

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Após a aprovação de hambúrgueres com carne angus nos EUA, na Nova Zelândia, na Austrália e na Europa, a rede de fast food norte-americana McDonald’s mira o mercado premium brasileiro. O primeiro contato com fornecedores de carne angus certificada aconteceu na semana passada com representantes da Asso­ciação Brasileira de Angus (ABA), em Porto Alegre. Dois novos encontros ocorrerão até o final deste ano e a perspectiva é que o lanche chegue ao Brasil em 2011. "Não existe negociação aberta nem fechada. Foi um primeiro contato", esclarece o presidente da ABA, Joaquim Mello. Segundo ele, a demanda para a produção dos sanduíches deverá ser de 4 mil toneladas de carne ao ano (60 mil cabeças), e o rebanho nacional pode atender a esse mercado.

Coasul decide ampliar sua capacidade de armazenagem

A Cooperativa Agroindustrial de São João (Coasul) está investindo mais de R$ 3,5 milhões na construção de seis silos. A decisão de ampliar a rede de armazenamento de grãos foi tomada depois de a cooperativa enfrentar, no ano passado, problemas para estocar a produção de seus mais de 4,2 mil cooperados. No ciclo 2009/10, a Coasul precisou locar oito estabelecimentos para garantir a estocagem da safra. Atualmente, a cooperativa tem capacidade para armazenagem de 305,7 mil toneladas. Com os novos silos, será ampliada em 8%, para 330,3 mil toneladas. A unidade de São João receberá quatro novos silos 4,8 mil toneladas cada. As obras devem ser concluídas em janeiro de 2011. A comunidade de Nova Lurdes, em São João, e o município de Sulina vão receber silos de 2,7 mil toneladas.

CTNBio aprova soja que tolera glifosato e resiste a insetos

A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) aprovou na semana passada a liberação comercial de uma soja transgênica resistente a insetos e tolerante ao herbicida glifosato, patente da Monsanto. Segundo André Dias, presidente da empresa no Brasil, a nova tecnologia deve chegar ao mercado na safra 2012/2013. A Monsanto é a única empresa com variedade de soja transgênica para escala comercial no Brasil desde 2005.

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Embarques do setor crescem 14% no primeiro semestre (foto 3)

No primeiro semestre de 2010, as cooperativas brasileiras exportaram 14% mais do que no ano anterior – US$ 1,99 bilhão, contra US$ 1,74 bilhão em 2009. Em volume, as vendas externas somaram 3,78 milhões de toneladas, 0,5% mais do que no primeiro semestre do ano passado. "O aumento das exportações é reflexo da recuperação dos preços das commodities no mercado internacional, de novos negócios com países da Ásia, Oriente Médio e África e da retomada de parcerias comerciais importantes com os Estados Unidos, Japão e Rússia", diz o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas. O Paraná liderou o ranking, com exportações de US$ 840 milhões, 42% do total. Os principais produtos exportados pelo estado foram: soja em grão (US$ 213 mi), farelo de soja (US$ 209 mi), carne de frango (US$ 142 mi) e óleo de soja (US$ 75 mi). Até o final do ano, as cooperativas brasileiras esperam exportar 10% mais e retomar a marca de US$ 4 bilhões registrada em 2008.