O governo do Paraná concluiu, no último mês, a etapa de devolução de agrotóxicos proibidos por lei desde 1985. O programa de recolhimento começou em 2009, quando cerca de 2 mil agricultores do estado declararam posse de 600 toneladas de produtos estocados.
A devolução começou em maio do ano passado e acabou totalizando quase o dobro do previsto inicialmente: 1,2 mil toneladas de substâncias proibidas foram encaminhadas a armazéns temporários para incineração.
Os agrotóxicos proibidos fazem parte de uma relação de 21 Poluentes Orgânicos Persistentes, mais conhecidos como “POPs”. A lista foi elaborada pela Convenção de Estocolmo, em 2001, e assinada por mais de 150 países, entre os quais o Brasil.
Os defensivos foram banidos com base nos critérios de fácil contaminação, capacidade de permanecer nos ecossistemas por longos períodos e grau de ameaça à saúde humana e animal. No caso do Paraná, a principal substância recolhida foi o BHC ou hexaclorobenzeno, usado como fungicida desde os anos 40. Foi proibido, entre outras razões, por ser cancerígeno.
O programa é do governo estadual por meio da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Instituto das Águas - Águas Paraná e Instituto Ambiental do Paraná - IAP) e do Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater). No processo de recolhimento, colaboraram o Sistema Ocepar e Sistema FAEP, além do Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV).
Produtores rurais que perderam o prazo ainda podem devolver agrotóxicos proibidos até 15 de agosto. As declarações devem ser feitas à Emater.
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